A esperança de vida aumenta a cada dia que passa. Em Portugal é hoje legítimo esperar viver-se até aos 70 no caso dos homens e um pouco mais no caso das mulheres, e isto para que estas possam perceber a vida que levámos. As chatices ficam com elas; como é perfeita a natureza!
Por inferência, podemos dizer que alguém que tem hoje 30 anos, sabendo-se que em 1920 a esperança de vida à nascença era de 40 anos (dados do INE), pode esperar viver até aos 100 quando tiver 70; de facto, em 2044 a esperança de vida andará nos 100 anos ou mais. Infelizmente, como diria o meu Pai, “a esperança de vida só aumenta no fim” o que me leva a levantar algumas questões:
1. Com que legitimidade pode alguém com menos de 80 anos dizer ser de vetusta idade?
2. Porque será que as mulheres a partir dos 40 se esquecem de dizer com que idade é que nasceram?
3. Quando a reforma for aos 40 o que se fará até aos 100?
4. Quando colapsará a Segurança Social?
5. Quem pagará as propinas dos bisnetos?
6. Os automóveis terão pára-brisas de aumento?
7. As caixas prioritárias nos hipermercados serão só para deficientes e grávidas?
8. As dietas alimentares devem ser tomadas em jejum? Isto é, antes ou depois da medicação?
9. Quando a esperança de vida de 100 anos for uma realidade diremos “esperança” ou “receio”?
10. Quanto tempo mais terá ainda a sociedade o culto da juventude?
Estou que nem uma alface! Vai uma corridinha?
Adoro as mulheres mas não resisti à provocação; “vive la différence”!
P.S. Este post é suplemento de outro, Trapos e Desperdício, publicado em 26 de Novembro.
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