terça-feira, julho 31, 2007

BUG

Já passava da hora, mas tinha combinado e ia cumprir. O fim-de-semana não tinha sido famoso, bem pelo contrário, pelo que a animação era bem vinda. O filme, esse, era completamente estranho para mim. Não li nenhuma crítica, nem tinha amigo que o tivesse visto.

O Corte-Inglês não fica longe da minha casa, mas o dia de trabalho não me queria libertar. Cheguei atrasado, felizmente ninguém me fez reparo.

O filme começou com imagens esgotadas no tempo e detalhe, como se o realizador nos quisesse aprisionar a um quarto de motel. A peça de teatro foi-se adensando num jogo de sedução e dependência, terminando na paranóia, no absurdo. Um desempenho magistral dos actores, em particular de Michael Shannon.

Um filme a que é impossível ficar indiferente, um inferno construído em desequilíbrios, sugestão e manipulação. Um filme que vai dar que falar, mas que só deve ser visto por quem não temer sentir a esquizofrenia de outros numa violência visual e sonora que nos obriga a desviar o olhar do ecrã.



Entre a normalidade e a loucura mora a oportunidade...

segunda-feira, julho 02, 2007