Já passava da hora, mas tinha combinado e ia cumprir. O fim-de-semana não tinha sido famoso, bem pelo contrário, pelo que a animação era bem vinda. O filme, esse, era completamente estranho para mim. Não li nenhuma crítica, nem tinha amigo que o tivesse visto.
O Corte-Inglês não fica longe da minha casa, mas o dia de trabalho não me queria libertar. Cheguei atrasado, felizmente ninguém me fez reparo.
O filme começou com imagens esgotadas no tempo e detalhe, como se o realizador nos quisesse aprisionar a um quarto de motel. A peça de teatro foi-se adensando num jogo de sedução e dependência, terminando na paranóia, no absurdo. Um desempenho magistral dos actores, em particular de Michael Shannon.
Um filme a que é impossível ficar indiferente, um inferno construído em desequilíbrios, sugestão e manipulação. Um filme que vai dar que falar, mas que só deve ser visto por quem não temer sentir a esquizofrenia de outros numa violência visual e sonora que nos obriga a desviar o olhar do ecrã.
Entre a normalidade e a loucura mora a oportunidade...
2 comentários:
Fiquei com o "bug" atrás da orelha! Bela "sugestão"! Bj
Engraçado...acabei de "postar" sobre a loucura!
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