sexta-feira, janeiro 30, 2004

Memória Flash

O Vasco LX do Mar Salgado, por quem tenho estima aliás, confunde o país real com o seu núcleo de amigos, tudo pessoas de bem. Nas palavras dele a voz do povo clama: “o que nós precisávamos era de um novo Salazar”. Esta afirmação, cuja bondade é tão demagógica como a afirmação de Sampaio (nisto estamos de acordo), seria preocupante se fosse correcta. Felizmente não o é!

Um homem não se mede só pelo sucesso, e a memória obriga-nos a relembrar as atrocidades que um tacanho beirão fez a tantos por cá e além-mar. Morreu e sofreu gente boa, atrasou-se um povo e o futuro de uma nação. Entre os maus políticos Salazar foi seguramente um dos piores, e que não fique o desempenho económico como panaceia pois o Hitler também a teve. Exigia-se mais do Império, e o que fez o rústico de Santa Comba Dão? Deixou-nos em herança um povo iletrado, pobre e triste. E do império não restou nada, mesmo nada! Ficou-lhe o epíteto de ditador e a queda de uma cadeira.

Nem os homens nem Deus o vão esquecer, e a justiça será feita no pior cárcere, na memória das gerações vindouras.


Quem diz o que quer, ouve o que não gosta!

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