Por erro técnico Al Gore perdeu o mandato e o mundo perdeu um bom líder. Agora, passado o escândalo de uma mentira do foro privado sobre uma estagiária, convivemos com a indiferença de uma mentira pública sobre uma invasão. E é a consciência colectiva do embuste que cria ambiente favorável à pequena oportunidade, ao interesse mesquinho, ao compadrio de favores. Dito isto, desejo a bem da humanidade que o Bush perca, infelizmente tal não vai suceder.
AS ALTERNATIVAS
Clinton, Bush e Hillary jogam no mesmo tabuleiro. Seria, assim, de estranhar a estratégia desconcertada nos apoios que fizeram a diferentes candidatos democratas. Contudo, faz todo o sentido.
Em Julho de 2002 Al Gore detinha 50% das intenções de voto dos democratas, John Kerry obtinha 7% e no fim da tabela surgia Howard Dean com 1%. Pode perguntar-se porque é que ele não concorreu; para mim, pobre analista, a razão é simples: uma derrota contra Bush em 2000, a tradição de renomeação do presidente em exercício, e a herança de ocupações não desejadas pelos aliados. Homem de estado, Al Gore percebe que a América precisa acima de tudo de estabilidade e, para isso, é necessário deixar o Bush percorrer o segundo mandato. A nível externo Bush está a fazer o trabalho sujo; de facto, só Dean criticou a invasão do Iraque. Acresce ainda que historicamente não é habitual mudar-se de timoneiro a meio de uma guerra, e muito menos quando a ameaça de terror chega ao quintal.
*** EM EDIÇÃO ***
Eu aguento … aguento ...
A visão deste homem está muito para além do polícia que tem nas fronteiras do Texas os limites do universo.
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