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Quarta-feira, Dezembro 31, 2003

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Que em 2004 o Mundo ofereça melhor colheita para todos!
Bom Ano, onde quer que esteja, com quem quer que esteja!

Pelas 00:00 horas do dia 1 de Janeiro o Mundo costuma sorrir.

Não conheço nenhum e conheço-os a todos! (Secção de links)
Eles foram o meu Firework na blogoesfera!

Aos desconhecidos e aos colunáveis,
aos iluminados e aos ignorantes,
aos escribas e aos poetas,
aos analistas e aos bairristas,
aos próximos e aos distantes,
aos pobres e aos ricos,
aos doentes e aos rijos,
aos apaixonados e aos desiludidos,
à gente de bem,
à Blogoesfera!

TCHIN-TCHIN!
Ou, como dizem os brasileiros, “Muitá Félicidádji!”


Acompanhe este post com música. Clique em (neste caso em Don`t Know Why), depois escolha Получить ссылку, e finalmente pressione o link que termina em mp3. Na janela pop-up que surgir faça Open se quiser ouvir logo ou Save se pretender guardá-la para melhor ocasião. Se pretender ouvir outro artista faça a pesquisa na caixa semelhante a esta (experimentem com U2):

Digam lá se não sou amigo! É ouvir MP3 até adormecer ...

Cold Numbers

800.000 mortos - Verdun, 1ª guerra mundial, 1916.
220.000 mortos – Hiroshima, 2ª guerra mundial, 1945.
100.000 mortos – Dresden, 2ª guerra mundial, 1945.
70.000 mortos – Nagazaki, 2ª guerra mundial, 1945.
60.000 mortos - Lisboa, terramoto, 1755.
40.000 mortos - Bam, terramoto no Irão, 2003.
3.767 mortos – Nova Iorque, Twin Towers, 2001.
1.478 mortos - Portugal, estradas, 2002.

E em 2003?

Os números são estimativas; não se fazem census com mortos.

BIG LIFE

Ano novo vida nova; imaginem em 50 a admiração que provocou o Buble Bath; antes disto ainda não existia vida ... duche ou imersão!

Desafio-vos a interpretar a expressão dos rostos!

Esta foto teria hoje pelo menos a etnia afro; vivemos num mundo melhor!

Terça-feira, Dezembro 30, 2003

Sodoma e Gomorra

Já conhecíamos o sorriso de Mona Lisa, dou-vos agora a conhecer as costas!

Passas-me os sais?

Cosmétique: Não há nada como uma pele sem piercings nem tatuagens.

Segunda-feira, Dezembro 29, 2003

Pantheon esquecido

Vital Moreira, homem de inegável inteligência, vem chamar “coimbrinhas” aos meus “amigos” do Mar Salgado, numa análise à Lusa Atenas que é, tal como ela, redutora. Seria difícil, contudo, encontrar alguém a quem o epíteto “coimbrinha” melhor se aplicasse; de facto, teve influência e não foi Vital para o burgo. Não me recordo de nada, mesmo nada, que lhe faça jus ao perpetuar da cidade. Se estiver em erro redimo-me, mas duvido! Fica-nos o cientista ...
Estando eu emigrado em terras de mouriscos tenho o privilégio de poder olhar de forma despojada a velha universidade; sim, porque o resto é hospital e paisagem. Não posso, assim, estar mais em sintonia com o Filipe Nunes Vicente que coloca com melhor mote a questão de Coimbra.
Já tentei em posts anteriores lançar esta discussão, sem sucesso, pois é mais fácil falar dos problemas do que encontrar as soluções. Coimbra não quis ser Salamanca (universidade prima inter pares) nem Valência (terceira cidade). Construiu para si um Pantheon com paredes espelhadas; assim, os lentes podem olhar ao redor e ver a sua imagem replicada até ao infinito. Cá fora o mundo gira.

Mesmo esta interrogação tem solução!

Tenho desde o início do blog um link a “Coimbra capital da Cultura”; o link e o evento foram pouco visitados (show me the money!)

Nota: O professor Vital Moreira respondeu-me com elevação e em privado. Por tal chapelada faço aqui a minha vénia.

Prenda

Os miúdos não vão resistir! E alguns graúdos também não ...

Em Branco


Este post é um tributo aos vossos comentários.

Maria

A revista The Economist, que é muito mais do que economia (que o diga o Nelson Mandela que a teve como leitura durante o cárcere), apresenta um artigo com leitura para vários credos.

Quem meus filhos beija, minha boca adoça!

Haverá algum dia paz no Médio Oriente? As partilhas feitas em morte são sempre desavindas ...

Domingo, Dezembro 28, 2003

Duque de Paus

Rodrigo Santiago diz que «testemunhos são falsos». Esta e outras afirmações permitiram às tropas americanas relacionar o causídico de Coimbra com o ex-ministro de Informação Iraquiano.
Portugal terá sido o local escolhido para refúgio; fontes próximas do Pentágono confirmam que só em Portugal seria possível a um iraquiano obter um passaporte verdadeiro, inscrever-se na ordem dos advogados, e dizer o que lhe apetecesse entre gurosans e prozacs. A inexistência de residência em Lisboa tem impedido a sua detenção embora, à semelhança de Saddam, seja possível que habite uma cave anexa ao DIAP. Foi entretanto encontrado um Audi abandonado com três caixas de aguardente velha que se suspeita pertencerem ao jurista. Serviriam, dizem os peritos, para preparar cocktails molotof. A possibilidade de ataques terroristas é assim uma realidade; Manuela Ferreira Leite admite pela primeira vez que o défice poderá derrapar.
Suspeita-se agora da presença de ucranianos e brasileiros no governo e oposição.

O leitão da Bairrada deu-lhe peso ...

Conversa telefónica entre Durão e Ferro gravada pela PJ:
Durão - они говорят, что Вы являетесь украинскими ("Eles dizem que és ucraniano!")
Ferro - Вы - забавный бразилин! ("És um brasileiro com piada!")
Durão - Сделал они знают украинский ("Eles saberão ucraniano?")
Ferro - Я - шитинг ("Estou-me cagando!")

2004

Quem vai? Tenda Chill Out, massagens, 18 bares, DJs de renome!? 6.000 manfios num picadeiro ... vão acabar em carne picada!

Nada como uma festa calma ...

Quem fez este logo merece um prémio!

Nas nuvens

Quando se conquista uma montanha mira-se ao redor, respira-se fundo, e no meio da embriaguês fica a sensação de sermos donos do mundo. E como em todas as conquistas esta é sentida primeiro a sós, pois a solidão serve de contraponto adequado ao entusiasmo oferecido pelo sucesso. A vaidade que se lhe segue já não é encargo da natureza. No fim, a descida da montanha é feita sem mérito, embora custe mais ... há, contudo, quem tenha recepção à chegada.
O sucesso é efémero, a glória não, e é isso que faz os heróis.


A conquista!

Foto de um herói a escalar a K2. Alexandre o Grande, Aníbal, César ou Napoleão não tiveram este privilégio.

Sapatos de Pai

Cheguei ao Nepal numa viagem com demasiadas escalas para serem contadas. Aproveitei as promoções last minute para evitar sobrecarregar os patrocínios já de si escassos. Preparei-me dois anos para este desafio, certamente o maior por que passarei.
Saí do bimotor e ao sentir o vento frio a acariciar-me a cara não pude deixar de sorrir. Estava ali, conseguira! Só eu sabia os sacrifícios, as dores, o treino intenso que suportara voluntariamente para que o meu físico estivesse à altura do repto que me impusera. Nunca me sentira tão bem, tão cheio de mim.
O nome Anapurna é mágico; mulher feiticeira dificilmente se deixará conquistar. O masculino, Katmandu, oferece um labirinto de ruelas estreitas como se quisesse reter o calor que emana das casas. Todos os meus poros respiravam esta atmosfera mágica; dei por mim a assobiar por nada, estava feliz.
Passaram-se quatro dias na preparação da escalada e na recuperação do jetlag. A caminhada foi pacífica até ao sopé da montanha. A partir daqui as dificuldades iriam surgir, eu sabia-o.
Estava eu sentado junto a um tanque de água quando um monge budista se aproximou. Retirou um cantil por entre o vestuário laranja e mergulhou-o no tanque. A minha cara de espanto deve tê-lo despertado; olhou-me com um sorriso. “A água é potável” disse-me no melhor inglês de Oxford sem perder o sorriso.
Conversámos bastante. Sou bom fisionomista mas inicialmente não lhe reconheci os traços ocidentais, a cabeça rapada também não ajudara. Este inglês já estava há 15 anos no Nepal e vivia de facto despojado dos confortos mundanos. A sua voz pausada combinava com o cenário, era tudo encantamento. Na despedida perguntou-me “Porque sobes a montanha?” e eu, procurando parecer profundo e eloquente, disparei a máxima recorrente “Porque está aí!”. Ele sorriu novamente e disse-me “Não, tu sobes a montanha porque a podes subir”. Esta frase iria acompanhar-me em toda a minha escalada. Ao fim do terceiro dia percebi que tinha calçado os sapatos do meu Pai.

Anapurna em segundo plano; cedo passaria a primeiro!

Tenho de agradecer ao Barnabé a ideia das colagens; amanhã colocarei "Onde pára o Exacto ..."
Há ficções do Diabo!

Sábado, Dezembro 27, 2003

Lapidação

Quem achar que este blogue não é eclético que atire o primeiro comentário!

Parem! Estava na reinação ...

Desportos radicais

Fim-de-semana em família. Dona de casa e mãe de dois filhos num voo perfeito, com a concentração de alguém que está habituado a grandes desafios, cerra os olhos à violência e apresenta um cabelo solto de quem ainda teve tempo de se alindar (ver foto). O adversário, vizinho de há 8 anos, mira-a com conhecimento de causa. O parque de nudismo nem fora ideia sua, estaria a salvo, nem a sua mulher desconfiaria.
O marido, distraído, ficou na roulote a terminar um almoço que começara duas horas antes. Desde que lhe reduziram o ordenado que anda macambúzio. No meio dos lamentos sobressai o preço deste passeio. Se ao menos a mulher ajudasse, mas não, queria cada vez mais, pensou.
Os filhos, esses, divertem-se de várias formas.
Paulo, o mais novo, experimenta umas ervas num cigarro Marlboro light; nunca se irá aperceber que o chá é melhor bebido. O vendedor era insuspeito, tinha-lhe sido recomendado pelo porteiro de uma discoteca que ali pernoitava. Talvez hoje o deixasse entrar, afinal ele já tinha comprado o produto.
Cristina, a mais velha, deixa-se conquistar na tenda de um espanhol. Saberá mais tarde, pelas fotos encontradas na carteira que roubara, que o Jiménez é casado. Na pressa do momento esqueceram-se das defesas e, só isso, foi o bastante para a desconcentrar. Fixou as sapatilhas novas que ganhara pelos anos para se alhear. Quando o espanhol explodiu, e foi a imobilidade que o denunciou, pensou que os seus 15 anos estavam a ser bem vividos. Estranhou, contudo, não ter tido prazer.
A louça suja irá esperar por melhor hora, talvez amanhã quando as moscas os acordarem nos sacos de cama sabe-se lá de quem. O marido, esse, dorme sempre até tarde.
Dizem que uma imagem vale por mil palavras ... calo-me!

Imaginem a queda!

Para os distraídos; o post não é sectário, é ficcional!
Apercebi-me agora que tenho 3 nus femininos nos meus 8 últimos posts. Tenho de aumentar o rácio ...

Sexta-feira, Dezembro 26, 2003

Saldos

Natal é quando um homem quiser. Exacto!

O meu computador está a precisar de um periférico!

Foto tirada com uma Nikon D100; exposição longa sem flash. Fita não há, é digital!
Obrigado Pai Natal ...

Quinta-feira, Dezembro 25, 2003

Ensaio sobre a loucura (7)

(continuação de posts homólogos)

Na procura de outro email encontrei esta mensagem que abaixo publico. Quem seguiu esta saga compreenderá agora que não se tratava de ficção. Amanhã publicarei o resto da carta do António.

Escrevo-lhe para lhe dar conta do meu desgosto, repúdio, enfim, tristeza pela sua indiferença ao pedido que lhe fiz há algum tempo atrás. Não publicar a carta do António tem hoje mais significado porque ele foi encontrado na cela 147 da ala norte do forte de Caxias esvaído em sangue. Disse-me o director que ele sorria. Fica-me essa imagem na memória e você, se tiver um pingo de honra, publique o que ainda tem por publicar pois a carta não é sua, é de outros, e você sabe-o!
Confrangido,

Nome (da pessoa que me enviou a carta original)
Oeiras, 25 de Dezembro de 2003


Datas dos posts anteriores (28 e 31 de Outubro; 1, 2, 7 e 16 de Novembro)

Quarta-feira, Dezembro 24, 2003

Rabanadas

Para os vossos filhos!

Blim Blão,
nasceu o menino,
não foi em vão.
Pois Então,
acreditas noutro,
não é senão.
Diz e Dão,
ajuda os outros,
é pouco o pão.
Sim, Não,
pobre é o Mundo
sem teu coração.

Natal mágico para todos!

Terça-feira, Dezembro 23, 2003

Insónia

Acordei enxovalhado, marcado
por lençóis feitos de tempo,
como se tivesse amado
sem limites, momento a momento,
e no rescaldo houvesse ficado
o palco,
sem texto nem elenco.

Parti para novo sonho, fantasia
por amores que já tive e terei,
e na memória doce azia
me perdi, e se na ilusão amei
já esqueci, não haverá dia,
noite, ou outra sorte; eu sei
que sinto o mar,
desci o rio, eu sabia!

Sons sem ritmo.

Recomendo este texto para dores de dentes, otites e outras dores agudas.


E a Arianna soltou o fio, e (Tes)eu enfrentou o Minotauro e regressou do labirinto sem se perder ... _

Noves fora nada

Reli o meu blog de fio a pavio! Não o fiz por vaidade mas por precisar de situar o que já disse, para perceber o nexo que se perdera. Um blog é isto mesmo, escrita de impulso, e este também. Ao contrário do livro não se sente a pressão do estilo ou o espartilho da língua, perdoa-se a forma pelo conteúdo. E se no livro a crítica vem dos eruditos, aqui a censura vem da leitura, imediata, mordaz, silenciosa, comprovando que a audiência é também uma face da ditadura.
A única forma de nos protegermos é sermos nós próprios, partilharmos as fantasias e o essencial, porque a sermos julgados que o sejamos pelo que somos, como se de amigos se tratasse, pois dos outros não vai ficar memória que os honre, simplesmente nada, noves fora nada.
E a ilusão continua ...

Sábado, Dezembro 20, 2003

Nome da Rosa

São imagens destas que nos fazem reviver Coimbra. Alguém se lembra do nome destes e dos que faltam?
O segundo a contar da esquerda é o Daniel, mais conhecido por Tatonas, que utilizava o melhor expediente para pedir; nada como uma folha escrita por um estudante, e quanto maior a provocação e o riso provocado melhor a gorjeta. Recordam-se?

José Cid é o teu Pai ó F... da P... (Tatonas dixit!)

Em Coimbra até a loucura tinha cátedra!

Quinta-feira, Dezembro 18, 2003

Calorias

Um amigo enviou-me pelo Natal uma caixa de Mon Cherry. Era incapaz de não a partilhar convosco!

Estou ciente que este post vai ter censura ... mas há dias assim!

Contra Dicções (3)

Caro De Direita, só hoje tenho oportunidade, e breve, de lhe responder. Antes de mais quero felicitá-lo pelo discurso do Durão que, embora pouco eloquente, serviu para anular o argumentário revisteiro do Ferro. "Zangaram-se as comadres e souberam-se as verdades" e, para espanto meu, ficou sabido e não negado que para a fixação em Portugal da Agência Europeia para a Segurança Marítima o Guterres oferecia o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. Soubémos também que esta agência vai ficar em Lisboa; maldita macrocefalia que teima em acentuar as diferenças. Num País com mais de 2.000 institutos públicos e direcções quantos estarão fora de Lisboa?
Mas vamos ao que interessa! Li o seu post e continuo na ignorância.
Primeiro o jornalista do Público dava informação imprecisa, depois a explicação era precisa mas incompleta, afinal em que ficamos?
Reproduzo uma passagem do Diário Económico que sibilinamente ignora e que reza assim “Segundo os dados ontem divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), numa base comparável, o saldo da execução orçamental aumentou 29,2% para os -6,79 mil milhões de euros, contra os -5,26 mil milhões de euros registados entre Janeiro e Novembro de 2002” e, como se vê, está conforme com o que o Público editou. Quanto ao valor do défice sabemos que em matéria contabilística podemos fazer as contas que quisermos; reconhece que vender património para tapar a dívida compromete tanto o futuro como gastar o que não se tem; no fim do dia ficamos mais pobres.
Lemos ainda no DE que a despesa aumentou e que a receita caiu. Enfim, a culpa ao fim de 2 anos de legislatura é da pesada herança, que a há, mas que já cansa; durante quanto tempo deve um pai negar o filho?
Separa-nos o facto de eu não encontrar desculpas na política do Durão nem dos seus antecessores para tal descalabro. Encontro as razões, não as desculpas!
Lanço-lhe um repto e a quem mais quiser pensar, como fazer Portugal?
Que problemas temos? Quais são as estratégias para criar valor?

Faites vos jeux!

Terça-feira, Dezembro 16, 2003

Contra Dicções (2)

Estou desiludido; falo em alhos e o De Direita responde em bugalhos. É certamente um problema de dicção ou do contra.
Senão vejamos; esquecendo o pasquim Público (pelos vistos o jornalista em questão é uma nódoa ...) centremo-nos nesse arauto de erudição e verdade, assim sugestionado pelo DD, que é o Diário Económico. Não percebeu o DD, na ânsia da resposta, que a fonte da notícia foi a mesma para o Público e para o DE; i.e a Direcção Geral do Tesouro.
E agora vamos a contas pois de matemática se trata; espero que não ponha em causa a auditoria apresentada pois nem a Ministra se atreveria a manipulá-la.
Se em 7 meses conseguimos fazer os mesmos estragos (défice do sub-sector Estado) que em 11 do ano passado temos, considerando 12 meses o padrão (100%), uma performance de 33% em tempo; i.e. com 58% do tempo conseguimos obter o que no ano passado nos obrigou a 91% do ano. Parabéns à ministra, foi obra!
Vejamos agora os números crus; para os primeiros sete meses do ano o nosso Orçamento do Estado previa um défice para o sub-sector Estado de 4.538,7 milhões de euros, infelizmente o valor real é de 4.869,9 milhões de euros (331 milhões a mais ou, para quem não fizer as contas, 66 milhões de contos). O crescimento do défice face às previsões foi de 7,3%. Felizmente os ministros não são avaliados pela performance orçamental pois o desvio do previsto para o real ... só visto!

Aqui o meu amigo Bozo compra futuros com o perfil borboleta!

O Manuel que não me leve a mal esta brincadeira, mas comprar futuros ... se soubesse o meu custo de oportunidade ... um dia vendo-lhe acções da minha empresa; ainda não está co(i)tada ...

Contra Dicções (1)

Deixo aqui um repto ao Nuno, do Mar Salgado, e ao Manuel, do De Direita (aproveito para o parabentear, ou parabenisar em brasileiro, pela composição fotográfica sobre o Saddam; agradou-me sobretudo a do Chirac. Que não se apoquentem as vossas almas pois não gosto do Bush, mas reparto este fetiche pelos franceses pois, como diria um americano meu amigo quanto à relação franco-americana , “se na 1ª guerra os franceses ficaram agradecidos, na 2ª guerra ficaram humilhados”, e nada voltou a ser como dantes ...).
O meu desafio é simples mas de solução complexa; como explicam os doutos bloguistas a razão para “Défice agrava-se 29 por cento até Novembro e ultrapassa os cinco por cento do PIB”? Já disse, e repito, que não sou de esquerda nem de direita, sou agnóstico, e só não compreendo as razões do rodízio do Guterres e das migas do Durão! O que iremos comer a seguir? Sopa dos pobres ...

Hurra

O Exacto atingiu as 10.000 pages views e, assim, entrou na puberdade da bloguice.
Obrigado pelos "clicks"!


F, R, À. Frá!
F, R, É. Fré!
F, R, I. Fri!
F, R, Ó. Fró!
F, R, U. Fru!
Frá! Fré! Fri! Fró! Fru!
À léquá, léquá, léquá!
À léquá, léquá, léquá!
Chiribitátátátá!
Chiribitátátátá!
Hurra! Hurra! Hurra!

Domingo, Dezembro 14, 2003

A árvore e a floresta

Encheste isto de bonecada e depois queixas-te que não lêem os teus posts sérios ... (tenho algum?)

¡Arriba, arriba, ándale!

Memórias a preto e branco

Há muito, muito tempo só havia um canal televisivo.
Os miúdos tinham nesta quadra um bónus apetecido, a série "Pipi das meias altas"; por mais que tente nunca contarei histórias assim!

Lembram-se?



E dos Flintstones?


Um clássico! Coleccionaram os cromos?

Eu pensava que a América era assim ... (Os Walton)

Ah! Você é lindo!

Para mim um rancho será sempre Bonanza!

Pink Floyd ... Panter! Bijou!

Termino com chave de ouro. Os Pequenos Vagabundos!

É engraçado; há anos que não ouvia a música e consegui trauteá-la!

(se tiver dificuldade em ouvir as músicas pode ir ao site directamente. Outras músicas aqui.
Este post é um tributo à meninice da minha geração.
)

And the winner is ...

Nessuno! Tudo vai bem; as médias não chocaram e o Saddam está preso.

Gostava de saber quem é o Outro ...

Quanto a sondagens ficamos por aqui.

Sombreros da minha infância

Chapi Chapo est encore l'une de ces étranges séries qui font sourire lorsque l'on se les remémore. Chapi et Chapo étaient deux étranges personnages coiffées de sombrero. Le garàon était bleu et la fille en rouge : peut-être étaient-ils jumeaux? J'aimais bien les voir évoluer dans leur espèce d'univers géométrique. D'après son réalisateur, les sons qu'on entend ne seraient pas des phrases audibles mais des bribes sonores successives d'enfants enregistrées dans les cours d'école maternelle.

E a música ... genial!

Desenterrei esta série nos confins da minha memória.

Sábado, Dezembro 13, 2003

Reflexões sobre um espelho

Num dia como o de hoje, olhar o mar faz-nos narcisos. Não pela história, não, mas pelo reflexo que ele nos dá, pela pouca nitidez que a ilusão do mar chão projecta de nós. Não nos conhecemos!
Poucos devem ser os povos com uma diáspora impulsiva, sem as batalhas que a simbolizem em sangue e em famílias. Vamos onde podemos ir, sem pensar, pelo desafio que esse sonho esconde. Foi assim e assim será , este é o nosso fado. E onde melhor nos acolhem ficamos em comunidade, sem pressas nem atropelos, a vingar um futuro melhor. Como pobres que somos sobra-nos a honra, e esta, nos dias que correm, é o tesouro perdido.
É um mar imenso o que nos separa, que o tempo saberá fazer esquecer, e que deixa aos que ficam a quimera de serem grandes. E neste sentir lamentamo-nos da sorte, pois se os filhos renegámos idolatramos os aliados com um servil pacóvio e tosco de quem pede desculpa por quem é. E da aurora ao entardecer, de janela em janela, de confissão em confissão, lá vamos cantando que tudo é mau, que nada presta, que não há solução.
Falta a Portugal um sorriso!

It's an injustice, oh yes, it is!

Somos um País de Calimeros...
Quem não se lembra dele?

Enimga

O meu irmão Edward foi considerado pela People Magazine, passo a citar, “Sexiest Man Alive 2003”. Se soubessem que sou eu o menino bonito da família ...
Este episódio é o bastante para que conte a minha história. Começarei logo que me recorde.
João Mãos de Tesoura
Cannes, de Senhorim, 2003

Onde estará o João?

Winona, não me roubes a tesoura ...

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Sexta-feira, Dezembro 12, 2003

Alucinações de Natal

Se houvesse Papa na blogoesfera portuguesa o JPP seria um forte candidato.
Fala várias línguas, é tido como uma sumidade ("santidade"), tem uma legião de crentes e, pelos últimos posts, parece padecer de Parkinson.

BlogoPapa

Sim, sou cristão, a blague é inofensiva para os visados!
Este é o meu terceiro post sobre o JPP. Será o último, espero!

Quinta-feira, Dezembro 11, 2003

Wake up!

Para esquecer o post anterior pedi ajuda à  Linda Evangelista. Ela olhou-me e disse, "queres que acorde?".

I don't wake up for less than $10,000 a day.

Eu fui evangelizado! Robert Redford teria poupado $ 990.000 ...

Quarta-feira, Dezembro 10, 2003

Cara idade

Entrei em Lisboa vindo de Cascais com a disposição que o sol oferece em dias de chuva. A praça de Espanha tem o movimento típico da proximidade das festividades. Parei o carro junto ao semáforo e, quando perdia o olhar no nosso Arco do Triunfo, um velho assomou-me à janela. Trazia um sobretudo que já aquecera outro, e as barbas, amarelecidas pela indigência, marcavam-lhe o rosto. Estendeu-me a mão com um olhar de criança, sem maldade, com a dignidade de alguém que merecia mais descanso. Dei-lhe as poucas moedas que encontrei à pressa. Olhei-o e sorria. Despedi-me com “Feliz Natal!”. O velho, esse, ficou parado num pranto incontido. Arranquei com raiva e impotência!

Às vezes é preciso gritar para libertar a dor!

Há lições que não se esquecem.

Terça-feira, Dezembro 09, 2003

Estilística e outras figuras

Serei assíndeto, penso, não, nunca, detesto, gaguejo! Pontuações e conjunções e certezas e dúvidas e comentários. O Exacto é polissíndeto e não e nunca e detesto e repito-me! Vírgulas e conjunções, como viver sem elas, maldito anacoluto que me atormentas. Ausências e presenças, as antíteses são frequentes nestas paragens. Ah! Ah! Ah! Pois são, diz a onomatopeia. Ouço-a nos meus ouvidos a segredar, “pleonasmo”! Antes ouvi-la com os olhos remói o oxímoro. Esquece-os; chora e ri, afaga-me a sinestesia, mas escreve com emoção! Ele é íntimo, ele é música, ele é cinema, ele é poesia, ele é o que é, acrescenta a minha amiga anáfora, agora sim, sinto o ritmo. “E vocês, sentem-no?”, nada como um bom apóstrofo para ouvir os leitores. Esses, que me acompanham as noites, que riem onde canto e choram onde sofro, que fecham a elipse em comentários agridoces. Imagino o Exacto a povoar sonhos de outros, qual antonomásia de um João qualquer que um dia, por impulso, escreveu. O Exacto é o João, e este aquele, numa esquizofrénica metonímia. Será hipérbole, ironia, ninguém sabe. Não procuro a metáfora mas sim a silepse sem o subterfúgio dos eufemismos. Afinal, tudo isto não passa de uma prosopopeia. Cansei-me das alegorias, boa-noite!

Tenho uma mão de leitores imbatível! Vais a jogo?

Reli o post ... o Quinta do Carmo deve ter ajudado! Os amigos que me perdoem, os outros que o releiam!

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Segunda-feira, Dezembro 08, 2003

Barbies

A filha de Chris de Burgh foi eleita Miss Mundo. Se cantar como o Pai a Carla Bruni que se cuide.
No entanto, olhando melhor, só as restantes concorrentes são parecidas com o Pai.

Não riam muito meninas ...

A China, anfitriã do concurso, conseguiu seleccionar um emplastro num bilião de pessoas; é obra!

Esgotamento

Tive hoje um pesadelo. Estava eu refastelado no sofá quando, ao fim de quatro latas de coca-light, vejo surgir no pequeno ecrã o professor Marcelo Rebelo de Sousa. Nada de anormal até aqui não fosse o facto de estar a ver a CNN. Pousei o pacote de batatas fritas e limpei as mãos à t-shirt. Endireitei-me num único movimento, aproveitando o pouco atrito que o forro de cabedal oferecia.
O professor rejubilava. O inglês, recordo-me, não era o seu forte. “Lets talk about politics”; discorreu sobre o Médio Oriente, falou sobre a convenção dos Democratas na Florida e impressionou tudo e todos quando comparou NY à Expo 98. Michael Bloomberg quer utilizar um paquete no porto de Nova Iorque para hospedar os republicanos na convenção de nomeação de candidatos. Marcelo alertou para os perigos desta escolha, “remember Portuguese case”. Quanto à opção de Bush não liberalizar as tarifas sobre o aço, fez uma pausa, sorriu, e acrescentou , passo a citar, “Old continent is still there giving cards as we can see”. Ia falando a uma cadência vertiginosa sobre diversos temas avulsos da política internacional, sem dar tempo à pivot e ao outro convidado de intervir. Ao rever a emissão contei 25 referências só neste tema, e tudo dito em apenas 8 míseros minutos.
“This week dollar offered me a gift”; chegara o momento de se falar em enconomia. A baixa do dólar face ao euro permitira-lhe comprar uma boa prenda de Natal para o neto Francisco só com a diferença cambial. Seguiu-se uma lição sobre o euro. Foram sete os temas abordados e ele parecia dominar os assuntos.
“And now technology”, aqui perdeu algum tempo a explicar que os operadores de telecomunicações iriam cortar nos preços dos serviços para a Internet. A referência a Portugal não tardou, "Portuguese telcos saw broadband as a commodity". A pivot ria-se agora com o som em off, enquanto o outro convidado apresentava um ar sério e grave.
Marcelo pegou num livro enquanto a câmara fazia um grande plano. Estariam cerca de 50 livros empilhados ao seu lado. A todos fez menção sem esquecer os autores, as editoras e a língua da respectiva edição. No fim parou, revirou os olhos e, com a mão em invectiva, colapsou! A emissão saiu do ar com a maior audiência de sempre. Orson Wells seria esquecido.
Acordei sobressaltado, afinal eu não era o americano balofo que sonhara.

Estou aqui para vos dar a mão ... (foram as suas últimas palavras percebidas)

Marcelo Rebelo de Sousa (adjectivo superlativo absoluto): (filos.) epistemologia; (relig.) milagre; (medic.) fenómeno; (quím.) osmose; (fís.) infinito; (hist.) memória; (lit.) superficial; (media) audiência; (polít.) apagão.

Acéfalos e outros animais

A censura chegou ao Exacto. Em quatro meses de escrita foi a primeira vez que retirei um link da ementa deste blog. Os Marretas não voltarão a estar no camarote que lhes reservava. Lido mal com o racismo! E isto, meus amigos, sendo-se caucasiano acarreta mais obrigações e dever de decoro.

Não foi fome, foi o homem; nem tudo se resolve à marretada!

A circuncisão denunciou-os; que os Marretas nunca tenham que chorar os filhos dos outros.
O post não era uma blague, é pena, pois há outros que merecem ser lidos.


Caro Statler
Respondo ao teu (agradeço o “tetuar”) comentário no post para evitar rectificar em privado o que afirmei em público. Não me são devidas desculpas, infelizmente quem as merece já cá não está; agradeço no entanto a dignidade da tua postura. Acredita que me delicio com muitos dos vossos posts que vejo como brilhantes. Terá sido, como dizia a Tati, humor negro e infeliz. Acredito, também, ter sido ontem iluminado por um excesso de conservadorismo que não tenho. Por vezes, os limites do nosso discernimento não se compadecem com a diferença.Tant pis! A minha leitura foi uma hipérbole. Mais difícil do que reconhecer a vitória é aceitar a derrota, e tenho de reconhecer que dar a face não é prática do mundo luso e, só por isso, parabéns.
(Nota: não sou Hebreu)

Domingo, Dezembro 07, 2003

Ketchup e Mostarda

Se bem me lembro, Mário Soares fez há alguns anos um périplo pelos EUA para namorar os nossos eleitores perdidos em terras do tio Sam. Havia um especial; a fortuna e a condição de mulher assentavam que nem uma luva na estratégia política do velho camaleão. Nascera em Moçambique num tempo em que quem aí nascia via o seu bilhete de identidade carregar a referência “português de segunda”. Só por isso recusou a condição de portuguesa que lhe foi oferecida por Soares, preferindo a duplicidade de ser moçambicana e americana. Teresa Simões Ferreira, Heinz por viuvez do senador e magnata do império com o mesmo nome, e Kerry por ser actualmente casada com o senador democrata John K., tem por Portugal a distância de quem por ele foi ignorado.
Mário queria Ketchup mas deram-lhe mostarda.


Obrigado Nuno por nos relembrares esta mulher. Se a vires por aí diz-lhe que estamos envergonhados.

Sexta-feira, Dezembro 05, 2003

Bloguistas

Um blog é uma jaula ... por favor não me atirem amendoins, estou de dieta!

Será um bicho?

Voltem sempre!

Tocam os sinos na torre da igreja ...

Ao comentar no post anterior o blog De Direita, não estava a comparar os desempenhos do Cavaco, Guterres, Durão ou outros. “Who cares!?”
Preocupa-me somente que fiquemos cegos com o óbvio. Temos sido ineptos; maus políticos, maus gestores, maus trabalhadores. Aqui, a palavra mau significa tão-somente insuficiente, noutros casos displicente, casos há para incompetente, e pior mesmo só conivente.
Quanto ao argumento de autoridade, a de gestor, fico com a minha, a de empresário. Pode aplicar o adjectivo mau que eu não me ofendo!

Vamos matar a pulga com a luva de boxe!

O link na "Direita" não foi por favor!

Erdo, Eito, Op, Ois!

É pois com voz de marcha que começo este post. Para se marchar bem tem de se manter a mesma cadência entre a esquerda e a direita. Há quem lhe chame alternância, eu chamo-lhe equilíbrio. As pernas são do mesmo corpo, e se uma atrasa a outra avança. É pois estéril querer provar que asneira passada justifica o presente, ou que falha actual compromete o futuro. Tudo muito bem, têm todos razão!
Sem querer desculpar o passado ou temer o futuro, permito-me fazer a análise possível ao post do blog De Direita. Não sou o visado, mas se li posso argumentar!

1. Estamos de facto a caminhar para a consolidação mas à custa de quê? Estaremos mais próximos dos europeus ou mais distantes? É verdade que temos um passado que não ajuda, “so what?”, também os alemães tiveram a segunda guerra e agora mandam no euro.
2. O défice externo diminuiu é um facto; diminuiu também o volume absoluto da nossa balança externa, e a balança de pagamentos beneficia do facto de não termos um problema monetário macroeconómico pois andamos a reboque do euro.
3. Quanto à necessidade de um novo código de trabalho estamos todos de acordo, embora a forma e conteúdo possam merecer comentários. Quanto à acção executiva só pode ser piada; se as conservatórias estão atrasadas mais atrasadas ficarão; resolve-se um problema criando um novo.
4. A política de correcção dos desequilíbrios macroeconómicos da economia portuguesa, como sejam o défice externo, sobre-endividamento ou desequilíbrio das finanças públicas são algumas das dimensões da política económica.
Quanto à diplomacia económica, de grande bondade no espírito, peço um exemplo, “show me the money”!
Aproveito para perguntar o que é a API; um organismo de promoção do investimento que ao invés de ter um estratega com dimensão comercial na liderança, tem um técnico em economia e bairrista quanto baste (da Régua até à Foz ...). Qual é o impacto deste organismo na economia (aceitam-se exemplos em cêntimos ...).
Finalmente, falando da diminuição do IRC, mais vale tarde do que nunca ... e estava prometido!
5. Os dossiers Portucel, Gás, Água e Electricidade estão em negociação há quanto tempo (pode ser em dias úteis ...)? Já chegaram a conclusões? É normal conduzirem-se estes dossiers assim? Onde estão as utilidades das utilities?
A reforma do Notariado já está implementada? Quem vai notariar? Os notários, advogados, bancos ...
Já há cruzamento de informação entre a SS e a DGITA? Desde quando (informem-nos pois eles não sabem ...)?
Colocaram um banqueiro na RTP e consegui-se, assim, resolver o serviço da dívida. Alvíssaras. E quanto ao serviço público ...
6. Falando da educação só posso dizer ... TRUE! Temo que não se faça muito.

Nada mais tenho a acrescentar já que os restantes pontos se resumem a diatribes entre políticos. Acredito em Portugal e sei que não há virgens nesta história. E agora, mãos-à-obra que se faz tarde!
Em frente! Arche!

Tenho a leve sensação que assim não vou a lado nenhum ...

Follow the leader (2)

Já diz o povo, quem semeia ventos colhe tempestades!

Semear para colher ...

Moebius, um francês que não é eurodeputado (ver post anterior). Um dos seus contos acompanhou a minha infância, Blueberry!

Follow the leader

O Abrupto tem sido uma referência para mim, dediquei-lhe mesmo o meu segundo post. Hoje, abruptamente, senti que a distância que nos separa, a mim como leitor e a ele como cativador, é transatlântica. Dizer que Isabella d'Este merecia ser retratada por Leonardo Da Vinci é um lugar comum; subentender que é bela é fazer a quadratura do círculo (talvez à época) e, para tal, basta ver o retrato.
JPP quer ser o educador do povo e, deslumbrando-se com o seu brilhantismo, ficou cego na análise.

Espelho meu, haverá alguém mais inteligente do que eu?

Como o andar da carruagem ainda acaba Barão; para alguém que foi campesino seria quase uma heresia!

Quinta-feira, Dezembro 04, 2003

Ground Zero

O general demite-se, o secretário de Estado desdiz-se, os agentes transferidos são reintegrados e, hélas, sabe-se que o próprio comando geral da GNR perdoava multas em função do pedigree. É por estas e por outras que sinto um certo conforto ao dar moedas aos arrumadores; pelo menos sei que vão comprar e não vender ...
Portugal tem tido a maçada de transformar hábitos em delitos. Esta introspecção, assistida pelos Media, oferece o incómodo de quem se vê a envelhecer. Favores nas colocações, prémios pelo expediente, saúde para alguns e meninos para outros, era algo a que já estava habituado. A globalização está a mudar este País ...

What's up doc?

Não é no Brasil, mas podia ser! Se o mandarem parar não hesite, acelere!

Terça-feira, Dezembro 02, 2003

Défice ou acidente?

O NMP escreveu 3 excelentes artigos sobre o défice (1. Questões politiqueiras; 2. Questões de fundo; 3. Questão europeia). Visão de economista certamente.
No mês de Novembro escrevi “Sequências e Paralelos” em que apresento uma visão diferente dos factos, muito vaga é certo, limitação do autor. O que me move é pensar estar errada a estratégia seguida em dois pontos essenciais.
O primeiro tem a ver com a forma; entendo o controlo do défice como necessário mas ainda não vi nenhuma medida estruturante para o fazer. Vender património e/ou dívida, criação de fundos imobiliários; vão-se os anéis e ficam os dedos. E a reforma do Estado, onde estão os projectos de reorganização da Administração Pública (digam-me um que valha uma missa!). E o que aconteceu às restruturações estratégicas sectoriais; pagámos à Mckisnsey para quê? E onde está a utilidade das utilities como a luta pelo gás no sector da energia (GALP vs EDP). Suspiro ...
O segundo tem a ver com o âmbito; onde estão as políticas de crescimento? O controlo do défice permitirá solucionar as necessidades de financiamento e investimento. Se acreditarem nisso então acreditam no Pai Natal e, ainda bem, pois ele está à porta ...

Como escolher óculos se a armação não tem lentes e sem elas vemos mal (to say the least ...)

Prometo desenvolver o tema (com as limitações que se prendem com o meu know-how)
Na política sou agnóstico.

Segunda-feira, Dezembro 01, 2003

Admirável mundo novo

Encontrei um blog de uma pureza celestial. Um dos posts reza assim: "Agora ando no tuning, mas não é de propósito. Acho que o meu carro soa assim a bólide artilhado porque desconfio que tem o escape roto".
Não resisti comentar. Coisa de macho dirão; nada disso, provocação saudável!
Agora, compras uns tecidos com motivos campestres e com eles fazes uns cortinados para as janelas do teu popó. Não te esqueças de colocar um jarro com flores no porta CDs. Um bordado de bilros sobre o tablier não fica mal desde que à esquerda coloques um passe-partout com a foto do teu “bolocas” (ou lá como chamas ao caniche ...). Em cima do banco de trás (a que não dás uso) podes sempre pôr uma pequena cómoda; as gavetas, essas, abrem-se com o inclinar dos bancos da frente. Terás arrumação até mais não! O porta-luvas pode ser forrado com papel; dada a época natalícia sugiro umas renas. O volante deve estar sempre forrado a lã por causa do frio; em branco fica a matar. A luz de stop no óculo traseiro está ao contrário. Vira-o para o habitáculo e verás que criará um ambiente íntimo. O frigorífico, esse, deve ficar no lugar do morto; afinal para que é que precisamos de um, mais vale enfardar! Se olhares para debaixo do volante encontrarás algo a que chamam pedais, não têm qualquer interesse e são óptimos para fixar a escalfeta. No vidro, por fora, tens acesso ao limpa-vidros que permite regar os canteiros que aí colocares. Para terminar o tunning deves colocar "en" antes de "fiat".

Este Ferrari já foi um Fiat 500 ...

Uma das rodas antecipa a curva. Já não se fazem carros assim!
Para ouvir no banco de trás (alguém se lembra do fim ...)

Necrófagos

Aproximaram-se da presa em matilha. A leoa ainda não tinha acabado e, levantando a cabeça, pressentiu-as atrás do capim. Eram muitas e já estava cheia, a afronta não valia o problema. Afastou-se vagarosamente sentindo o peso do gnu que tardou em caçar. Os gritos ecoaram, as hienas faziam agora o seu festim.
Não há animal mais desprezível. Tem porte para caçar mas prefere esperar, se sozinho perde a coragem e quando ataca solta risadas. Come o que não caçou e, mesmo assim, tem dificuldade em repartir.
Estamos rodeados ...

Ou comem todos, ou há moralidade!

Michael Knowlton, Freeway Standoff.