O NMP escreveu 3 excelentes artigos sobre o défice (1. Questões politiqueiras; 2. Questões de fundo; 3. Questão europeia). Visão de economista certamente.
No mês de Novembro escrevi “Sequências e Paralelos” em que apresento uma visão diferente dos factos, muito vaga é certo, limitação do autor. O que me move é pensar estar errada a estratégia seguida em dois pontos essenciais.
O primeiro tem a ver com a forma; entendo o controlo do défice como necessário mas ainda não vi nenhuma medida estruturante para o fazer. Vender património e/ou dívida, criação de fundos imobiliários; vão-se os anéis e ficam os dedos. E a reforma do Estado, onde estão os projectos de reorganização da Administração Pública (digam-me um que valha uma missa!). E o que aconteceu às restruturações estratégicas sectoriais; pagámos à Mckisnsey para quê? E onde está a utilidade das utilities como a luta pelo gás no sector da energia (GALP vs EDP). Suspiro ...
O segundo tem a ver com o âmbito; onde estão as políticas de crescimento? O controlo do défice permitirá solucionar as necessidades de financiamento e investimento. Se acreditarem nisso então acreditam no Pai Natal e, ainda bem, pois ele está à porta ...
Como escolher óculos se a armação não tem lentes e sem elas vemos mal (to say the least ...)
Prometo desenvolver o tema (com as limitações que se prendem com o meu know-how)
Na política sou agnóstico.
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