Acabei de ler o artigo "Ditosa Pátria" do Aviz que, tal como eu, morre de amores por outro mais invicto. Parece-me, no entanto, que falhou o essencial. Falou de histeria, e daí a uma sequência de dilates foi um passo. Também ele se deixou levar pela alma. E ainda bem!
Dizia Bagão Félix, num programa da Bárbara Guimarães (além de bonita o programa dá-lhe um ar inteligente), que era Benfiquista pois precisava por vezes de ser incoerente. Magnífico; não pelo clube mas pela paixão. São homens como este que fazem crescer os sonhos.
A exigência de uma sociedade formal obriga-nos a ter momentos de incoerência, e isto será tão mais verdade quanto mais racional se for. A procura do absurdo aplica-se a todas as artes, mas aquela em que é mais perfeita reside na amizade. Relações despojadas do mais pequeno interesse mesquinho, o nosso, e onde não há desiguais. Connosco ou contra nós. E o tempo ditará que na memória fiquem primeiro estes momentos.
E é só isto Mestre Aviz; o resto, amanhã já esqueceu!
Ontem, fui benfiquista!
Ou, como diria o JPP, a memória não tem para mim quinze dias, nem quatro Expressos, nem dois meses de TSF.
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