sexta-feira, outubro 17, 2003

Pedroso o pequeno

Fez-se luz. Seguia um directo com Paulo Pedroso quando reparei que as suas patilhas estavam voluntariamente alargadas e empurradas para a frente, num desalinho pouco próprio de um dignitário do PS. Segui-lhe o perfil do rosto, e não foram os óculos já teria notado nas parecenças. Incrível. Mais alto, é certo, faltava-lhe o chapéu e a mão amparada. Também ele exilado, teve por ilha uma alcova onde fez de outros seguidores instruídos. Os generais do seu séquito visitaram-no mor vezes neste acantonamento. Entre eles destacava-se uma figura impenetrável, sempre discreta, fiel à grandeza de Josefina.
Na sua libertação tomaram a Bastilha irritando o esplêndido delegado e seus acólitos. A atroada foi grande, talvez em demasia, mas o tempo apagará o momento e em todos ficará o que a justiça dos homens ditar. Sabemos bem que não há revoluções justas.
Delfim da oposição, coubera-lhe o combate à pobreza. O rendimento mínimo fora conquista sua, haverá melhor epitáfio para a liberdade, igualdade e fraternidade?

Não, não sou socialista!

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