Não enjeito a morte, vivo com ela. Não que me tenha sido anunciada, nem tão pouco por superstição. Construo-a desde que me conheço e antes, quando o meu corpo ainda não se confrontara com o meu eu, esta verdade seria para mim perfeitamente irrelevante. O seu assombro resulta da aliança com a vida; uma sem a outra e nada faria sentido.
Se umas são brutais outras há que são doces; se umas perduram na história outras perdem-se no tempo; se por vezes as sentimos próximas na maioria vemo-las indiferentes.
A sua imponderabilidade releva-lhe a importância; só esta aleatoriedade pode confortar a razão que não lhe reconhecemos, e se assim não fora não nos conformaríamos com os eleitos.
Morre-se como se vive ou, como o meu Pai diria, "a partir dos 30 cada um tem a cara que merece!".
Não estamos sós!
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