Após o banho, seguiu em passo rápido para a messe. Um cabo guineense estava já à sua espera. Portas olhou-o de soslaio. As unhas alvas sobressaíam nos dedos negros de etnia Fula. “Se fosse Moldavo esganava-o”, sorriu pensando no prazer que o acto lhe daria. Folheou revistas e jornais enquanto engolia regradamente um croissant simples. Bebeu o café e com um gesto comedido, de quem tem berço e dele faz gala, limpou a boca.
No carro esperava-o já o condutor e a jornalista correspondente da France Press.
“Bom dia Sr. Ministro” proferiu o condutor com sotaque carioca.
“Um ministro madrugador, a entrevista promete” comentou a jornalista.
“Deitar cedo e cedo erguer ... qual é o tema? Sim! Emigração ...”, e num gesto automático indicou ao motorista para arrancar.
Se ao menos o Colombo fosse nosso ...
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