domingo, novembro 21, 2004

Outgoing

Aproxima-se a melhor altura do ano para se gozarem as merecidas férias. Nada como fugir no Inverno para destinos exóticos; praias turquesas, temperaturas tórridas, mergulhos em recifes e bebidas fumarentas. Compreendo a procura do social nas estâncias de Inverno, mas não entendo ir para férias para me vestir mais ainda! Nada como a informalidade do Verão. E só de pensar que tiritam em Portugal enquanto eu torro, o gozo sobe de escala! Lá no fundo, bem no fundo, precisamos todos de alguns argumentos para nos sentirmos privilegiados.

Sai-se de Portugal e muda-se o paradigma. Só isso dispensa a necessidade da primeira semana para alheamento do dia-a-dia. Sou assim, aqui no burgo demoro mais tempo a desligar. A arte reside na capacidade de nos mantermos afastados até ao momento da chegada sem o peso do dia de amanhã.

E se a escolha for bem feita teremos poucas hipóteses de encontrar o colega, o vizinho ou um conhecido que se espera não estar ali. Depois não levamos o telemóvel. Telefonamos nós porque quem cá fica não precisa de interromper o nosso deleite. Se for chatice adia-se e se for prazer ignora-se, afinal já estamos no paraíso!

A companhia, essa, ficará indelevelmente ligada ao destino. E em matéria de memórias as férias serão sempre a matriz, e tudo o resto gravitará à volta delas bem ao contrário da vida.


Em férias sou miúdo ...

E o teu destino qual é?

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