Certa vez o macho viu a fêmea ao longe com outro pássaro. Acercou-se. Não, não podia ser. Afinal eram duas pombas. Voavam em sintonia embora a fêmea parecesse triste. Esta, ao ver a águia fugiu para o cercado. O pombo macho nunca teria hipóteses. Na pressa da fuga este foi esconder-se no pombal, reduto seu e da fêmea. Ali só o pombo se sentia feliz e mesmo este saberia mais tarde que nem isso era ou fora. Bom pombo, nunca pensou que a fêmea precisasse ser mais do que ser pomba. E precisava. Era uma águia. E não estava ali!
A fêmea estava agora no cercado esperando a águia placidamente. Esta abeirou-se. A fêmea parecia distante, indecisa e insegura. Tomara uma decisão. Partiria para o pombal não sem antes se despedir da águia. Miraram-se. A pomba nunca seria águia, pensou. Estava enganada. A águia percebeu o momento e afastou-se num voo majestoso. A pomba, essa, deixou cair uma lágrima, faltava-lhe a coragem e a paixão. A águia era grande, só agora o percebera.
A águia continuou a voar sobre os campos sem mais importunar os pombos. Não demorou muito a vê-los afastados em pombais diferentes. A pomba sonhava agora com a águia. Mas onde andava ela?
Porque as leitoras merecem …
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