Um dos maiores equívocos da natureza humana é confundir-se uma expectativa com um compromisso. Uma e outro são honestos quando claros e, nos negócios como na vida, devem gerir-se com parcimónia.
Uma expectativa não obriga a compromisso, aponta tão-somente para ele. É um farol de conduta quando há interesses em jogo entre dois ou mais actores. Mas, mesmo esta, pode ser mal gerida. Basta criar esperança onde não a há, dar informação imperfeita, assumir uma vontade que não depende de nós. A expectativa é como um noivado, é perfeita enquanto não se materializa.
Um compromisso tem outro nível de responsabilidade. É, para todos os efeitos, um contrato. Tem, assim, regras, deveres e obrigações. A quebra só se pode assumir por incumprimento, e este resulta de alternativa ou desinteresse. Há coimas económicas e morais, mas são sempre injustas para as partes. Contudo, com o incumprimento viola-se o espírito do contrato, razão bastante para se questionar o negócio. Os contratos são sempre a prazo, é a vontade que os renova.
Pior, muito pior do que violar expectativas ou compromissos é impor a ditadura da vontade, admitir que os nossos interesses são o centro do negócio. Um compromisso nunca é escravatura, embora a tentação seja grande. Também aqui a compreensão, bom-senso e dedicação são a chave do sucesso.
A ligeireza com que se gerem expectativas e compromissos obriga a uma elevada inteligência emocional. Quem não a tiver não está preparado para os tempos modernos, onde o que parece … pode não ser!
Água ... tão cristalina para uma distorção tão grande …
A expectativa é grande para um compromisso que se adivinha!
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