Hoje em dia só se autentica a verticalidade de um político com as razões da sua demissão. A eleição, essa, será sempre suspeita. Felizmente ainda vamos tendo boas surpresas no meio do pantanal político. Tivemo-la com António Vitorino, temo-la agora com Henrique Chaves. Não se discute aqui a qualidade técnica ou argúcia política; o que verdadeiramente interessa é a coluna.
Fica a dúvida: este homem era ministro?
Fica a pergunta: mas ele não conhecia bem o Santana?
Não são permitidos animais: chatos, pessimistas, arrogantes, acéfalos ou outro tipo de parasitas...
segunda-feira, novembro 29, 2004
domingo, novembro 28, 2004
Contexto
Nos comentários do post “Vazio, Cheio” alguém se insurgiu com o meu sentido estético. Que só colocava fotos de mulheres deslumbrantes, etc. Para que não restem dúvidas, fica aqui o retrado da D. Hermenegilda Bonifácia que é amiga do peito … provoquem-na …
Chamaste feia a quem?!
Chamaste feia a quem?!
Inocência
Há uns tempos, a minha irmã foi a casa de uma amiga e levou a filha. Na cozinha, a meio da conversa a amiga ofereceu à miúda um pedacinho de pão. A minha irmã cortesmente disse à filha “O que se diz?” ao que ela prontamente respondeu “Manteiga!”.
(Aqui não coloco foto, fica esta situação hilariante!)
(Aqui não coloco foto, fica esta situação hilariante!)
Gisela, baunilha e canela
Em honra ao País irmão que me tem visitado amiúde.
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce …
Gisele Bundchen unplugged! La maja desnuda ...
(acompanhar com o video Clarity)
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce …
Gisele Bundchen unplugged! La maja desnuda ...
(acompanhar com o video Clarity)
Vazio, Cheio
Há memórias enclausuradas
em sentimentos perdidos,
sonhos e promessas
pintadas em fachadas
de tempos idos;
e se recordar ou esquecer
não é escolha da vontade,
resta pedir meças,
saber se perder, vencer,
foi fado ou idade.
O poema é pobre, fica em clausura …
KARAOKE
(acompanhar com o video)
The Closest Thing To Crazy Lyrics
(Katie Melua)
How can I think I'm standing strong,
Yet feel the air beneath my feet?
How can happiness feel so wrong?
How can misery feel so sweet?
How can you let me watch you sleep,
Then break my dreams the way you do?
How can I have got in so deep?
Why did I fall in love with you?
CHORUS:
This is the closest thing to crazy I have ever been
Feeling twenty-two, acting seventeen,
This is the nearest thing to crazy I have ever known,
I was never crazy on my own.
And now I know that there's a link between the two,
Being close to craziness and being close to you.
How can you make me fall apart
Then break my fall with loving lies?
It's so easy to break a heart;
It's so easy to close your eyes.
How can you treat me like a child
Yet like a child I yearn for you?
How can anyone feel so wild?
How can anyone feel so blue?
(CHORUS)
...and being close to you, and being close to you.
em sentimentos perdidos,
sonhos e promessas
pintadas em fachadas
de tempos idos;
e se recordar ou esquecer
não é escolha da vontade,
resta pedir meças,
saber se perder, vencer,
foi fado ou idade.
O poema é pobre, fica em clausura …
KARAOKE
(acompanhar com o video)
The Closest Thing To Crazy Lyrics
(Katie Melua)
How can I think I'm standing strong,
Yet feel the air beneath my feet?
How can happiness feel so wrong?
How can misery feel so sweet?
How can you let me watch you sleep,
Then break my dreams the way you do?
How can I have got in so deep?
Why did I fall in love with you?
CHORUS:
This is the closest thing to crazy I have ever been
Feeling twenty-two, acting seventeen,
This is the nearest thing to crazy I have ever known,
I was never crazy on my own.
And now I know that there's a link between the two,
Being close to craziness and being close to you.
How can you make me fall apart
Then break my fall with loving lies?
It's so easy to break a heart;
It's so easy to close your eyes.
How can you treat me like a child
Yet like a child I yearn for you?
How can anyone feel so wild?
How can anyone feel so blue?
(CHORUS)
...and being close to you, and being close to you.
sábado, novembro 27, 2004
Tu também
I'm the one! You too ...
(Integral: porque vocês merecem mesmo tudo ... cliquem em Vertigo, configurem o video, escolham a maior velocidade, façam Full Screen e gozem!)
sexta-feira, novembro 26, 2004
Adrenalina
Eram 5 horas. A praia estava deserta, nem a brisa a importunava. O impulso foi grande; ele nunca o soube explicar. Desceu os degraus que o levaram à areia e não resistiu a deixar a mão correr na rocha que acompanha a escadaria. Prazeres simples, estes, pensou, mas porventura os mais cheios.
Parou no último degrau e descalçou os mocassins. Avançou; um sorriso invadiu-lhe o rosto à medida que ia sentindo a areia aconchegar-lhe os pés. Há muito que precisava disto, seria Paz? Saiu dos pensamentos para fixar o mar, e que mar. Ao longe estava chão; ali, mesmo a quebrar na praia, a rebentação dava um ar da sua graça como uma criança a chamar a atenção.
Sentou-se. Enterrou os pés na areia até à bainha das calças; as mãos agarraram inconscientemente a areia que agora ele deixava escorrer devagar, sem que o olhar se perdesse nos ténues fios que criava, bastava-lhe sentir o formigueiro.
Olhou ao redor; nada, nem vivalma; perfeito, a praia seria só dele. Ao longe, bem no horizonte, o sol ameaçava despedir-se. O azul vivo fugia para Sul e o cinzento que anuncia a noite aproximava-se sem cerimónia de Norte.
Woolffff! Sobressaltou-se … o cão entrara na rebentação sem apelo nem agravo, de rompante, como faria qualquer herói que quisesse conquistar a praia. A adrenalina ainda iria aumentar. O pastor alemão, pachorrento, aproximava-se agora com a cabeça abaixo das espáduas … contudo a expressão não era de desafio, bem pelo contrário, o cão era manso. Estendeu a mão e fez-lhe festas; na nuca primeiro e depois na garganta; o cão, esse, nem se mexeu. Só a língua traía o prazer que dali tirou. Depois, sem aviso, sacudiu-se até se sentir seco …
- "Hahahaha! Desculpe, não resisti … coitado, ficou todo molhado! Tex, peça desculpa!"
Olhou-a, não era alta, os olhos azuis fixaram-no por momentos, o bastante para se sentir impressionado. Não seria incómodo, pelo contrário, seria antes atracção! Lembrou-se, alguém lhe falara que bastavam 7 segundos para haver um flash … seria?
Ela, pressentindo o perigo despediu-se com um “até já” meio a despropósito. Foi sentar-se a uns bons cem metros na direcção do pôr-do-sol. Ele perdeu-se na silhueta que se afastava enquanto o cão galgava a praia em percursos imaginados.
O cão voltava agora com um pau na boca; devolvera-o o mar e ele não lhe resistira. Largou-o junto ao homem e mirou-o a implorar por brincadeira. Ele levantou-se, agarrou no pau e atirou-o com toda a força que lhe veio, e o pau voou num movimento descoordenado até cair junto ao saco dela. Corou, não teria sido para ali que apontou …
O cão correu para lá. Agarrou no pau e regressou sem que o homem tivesse saído donde lançara. Largou novamente o pau. “Não, não era possível”” pensou, junto ao pau distinguiu nitidamente um anel. Pelo brilho seria ouro. Pegou nele e leu o nome que estava gravado no interior. Sorriu!
Foram cem metros intermináveis. O cão escoltava-o já com o pau na boca. Mesmo antes de a alcançar, ela virou-se e mostrou todo o esplendor … “magnífica!” … e, debruçando-se ao lado dela, abriu a mão e estendeu a palma onde repousava o anel ... “como sabias o meu nome?” indagou num sorriso tolo … a resposta foi pronta, sem receio, “porque estava à tua espera!”.
Este cão é um perigo … se o virem, fujam!
Reli a história e acho que vou mandá-la para a Maria ou para a TV Guia! Aceito sugestões …
Parou no último degrau e descalçou os mocassins. Avançou; um sorriso invadiu-lhe o rosto à medida que ia sentindo a areia aconchegar-lhe os pés. Há muito que precisava disto, seria Paz? Saiu dos pensamentos para fixar o mar, e que mar. Ao longe estava chão; ali, mesmo a quebrar na praia, a rebentação dava um ar da sua graça como uma criança a chamar a atenção.
Sentou-se. Enterrou os pés na areia até à bainha das calças; as mãos agarraram inconscientemente a areia que agora ele deixava escorrer devagar, sem que o olhar se perdesse nos ténues fios que criava, bastava-lhe sentir o formigueiro.
Olhou ao redor; nada, nem vivalma; perfeito, a praia seria só dele. Ao longe, bem no horizonte, o sol ameaçava despedir-se. O azul vivo fugia para Sul e o cinzento que anuncia a noite aproximava-se sem cerimónia de Norte.
Woolffff! Sobressaltou-se … o cão entrara na rebentação sem apelo nem agravo, de rompante, como faria qualquer herói que quisesse conquistar a praia. A adrenalina ainda iria aumentar. O pastor alemão, pachorrento, aproximava-se agora com a cabeça abaixo das espáduas … contudo a expressão não era de desafio, bem pelo contrário, o cão era manso. Estendeu a mão e fez-lhe festas; na nuca primeiro e depois na garganta; o cão, esse, nem se mexeu. Só a língua traía o prazer que dali tirou. Depois, sem aviso, sacudiu-se até se sentir seco …
- "Hahahaha! Desculpe, não resisti … coitado, ficou todo molhado! Tex, peça desculpa!"
Olhou-a, não era alta, os olhos azuis fixaram-no por momentos, o bastante para se sentir impressionado. Não seria incómodo, pelo contrário, seria antes atracção! Lembrou-se, alguém lhe falara que bastavam 7 segundos para haver um flash … seria?
Ela, pressentindo o perigo despediu-se com um “até já” meio a despropósito. Foi sentar-se a uns bons cem metros na direcção do pôr-do-sol. Ele perdeu-se na silhueta que se afastava enquanto o cão galgava a praia em percursos imaginados.
O cão voltava agora com um pau na boca; devolvera-o o mar e ele não lhe resistira. Largou-o junto ao homem e mirou-o a implorar por brincadeira. Ele levantou-se, agarrou no pau e atirou-o com toda a força que lhe veio, e o pau voou num movimento descoordenado até cair junto ao saco dela. Corou, não teria sido para ali que apontou …
O cão correu para lá. Agarrou no pau e regressou sem que o homem tivesse saído donde lançara. Largou novamente o pau. “Não, não era possível”” pensou, junto ao pau distinguiu nitidamente um anel. Pelo brilho seria ouro. Pegou nele e leu o nome que estava gravado no interior. Sorriu!
Foram cem metros intermináveis. O cão escoltava-o já com o pau na boca. Mesmo antes de a alcançar, ela virou-se e mostrou todo o esplendor … “magnífica!” … e, debruçando-se ao lado dela, abriu a mão e estendeu a palma onde repousava o anel ... “como sabias o meu nome?” indagou num sorriso tolo … a resposta foi pronta, sem receio, “porque estava à tua espera!”.
Este cão é um perigo … se o virem, fujam!
Reli a história e acho que vou mandá-la para a Maria ou para a TV Guia! Aceito sugestões …
quinta-feira, novembro 25, 2004
Anastacia Live
Fui lá! Amanhã comento pois o programa ainda não acabou. Faltava-me algo, agora já sei o que é!
You! Sing it louder!
The voice ... a dela e a da Tina Turner!
You! Sing it louder!
The voice ... a dela e a da Tina Turner!
quarta-feira, novembro 24, 2004
Proficiência
"Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa?"
Estão todos de acordo; a pergunta está mal feita! Assim, como já disse no Viva Espanha, proponho outras mais simples para que todos as entendam:
Igualdade: Das seguintes línguas qual é a que domina; inglês, francês ou alemão?
Fraternidade: Como se refere o seu primo emigrado em Paris aos locais? E aos familiares que deixou na “terra”?
Subsidiariedade: Acha que a transferência do poder para Madrid e outras capitais mais distantes vai beneficiar o País?
Cidadania: Quando vai a Inglaterra sente-se inglês ou indiano?
Justiça: Gostaria de ver um juiz espanhol a julgar o caso “Casa Pia”?
Economia: Acha que o euro permite ao governo português fazer o que quiser sem que isso desvalorize a moeda? Pensa o mesmo da oposição?
A unificação da Europa será a maior batalha diplomática da história. Titânica! O espírito é louvável, a recordação da guerra e a globalização obrigam a um crescimento sustentado. Fica a dúvida; será que a vontade de alguns criará nos povos o sentir de uma nação unificada? Será isso mais forte do que séculos de sangue, ódio e vontade? Para onde caminhamos? Alguém sabe?
Ukê?
Eleitor esclarecido!
Estão todos de acordo; a pergunta está mal feita! Assim, como já disse no Viva Espanha, proponho outras mais simples para que todos as entendam:
Igualdade: Das seguintes línguas qual é a que domina; inglês, francês ou alemão?
Fraternidade: Como se refere o seu primo emigrado em Paris aos locais? E aos familiares que deixou na “terra”?
Subsidiariedade: Acha que a transferência do poder para Madrid e outras capitais mais distantes vai beneficiar o País?
Cidadania: Quando vai a Inglaterra sente-se inglês ou indiano?
Justiça: Gostaria de ver um juiz espanhol a julgar o caso “Casa Pia”?
Economia: Acha que o euro permite ao governo português fazer o que quiser sem que isso desvalorize a moeda? Pensa o mesmo da oposição?
A unificação da Europa será a maior batalha diplomática da história. Titânica! O espírito é louvável, a recordação da guerra e a globalização obrigam a um crescimento sustentado. Fica a dúvida; será que a vontade de alguns criará nos povos o sentir de uma nação unificada? Será isso mais forte do que séculos de sangue, ódio e vontade? Para onde caminhamos? Alguém sabe?
Ukê?
Eleitor esclarecido!
terça-feira, novembro 23, 2004
Frappé
Faça férias cá dentro numa piscina perto de si ...
Caprice Bourret ... servir bem frio!
Caprice Bourret ... servir bem frio!
Briosa
Não conheço ninguém que não simpatize com a Académica. Há uma auréola de aventura e nobreza numa equipa que foi durante muito tempo composta por estudantes. Esse brilho já se perdeu na Universidade, no clube não!
Convidaram-me para o jogo Académica-Belenenses. Tinha 20 minutos para estar no estádio. Que esquecesse o jantar pois ia para o camarote presidencial e haveria comida no “lounge”. Estacionámos na garagem e o cartão VIP garantiu-nos a companhia de uma miúda sorridente até aos nossos lugares, um luxo! Mirei o estádio, como era belo. A pista de atletismo garantia a polivalência do complexo. Já ali tocaram os Rolling Stones. Sonhei, seria perfeito se para o ano ali visse os U2!
Um jogo à segunda-feira é sempre inesperado, meio fora de tempo. Talvez por isso o golo da primeira parte não significasse nada. O intervalo trouxe a comida quente que confesso devorei. Foram muitos os amigos que reencontrei e as mulheres marcavam presença como já não me lembrava de ver. O conforto dos estádios convenceu as famílias, nivelámos por cima. Espero que a aposta se traduza em mais espectáculo, sim, não sou despesista mas não enjeito o que já temos. Aproveitem-se os estádios e as suas condições para grandes eventos. Temos o clima e as estruturas. Estamos à espera do quê?
A segunda parte trouxe-me dois amargos de boca. O primeiro foi o empate em fora-de-jogo evidente. O segundo, mais grave, foi a distribuição de panfletos à saída. Aproximam-se as eleições do clube e um dos candidatos, o que não é presidente, presenteou-nos com um conjunto de impropérios impróprios de doutor, revi o boçal. Só por isso vale a pena não votar nele. (Mal ó) Académica se o elevas a tal! Depois o outro tem obra feita. Não o conheço, não me deve nada nem eu a ele, mas apetece-me apoiá-lo!
É nos momentos de glória que surgem os oportunistas e não raras vezes ficam com o quinhão. Esse é um dos males do nosso tempo, não o de haver oportunistas mas o de nada fazermos para os denunciar!
Quanto vale este ícone?
Convidaram-me para o jogo Académica-Belenenses. Tinha 20 minutos para estar no estádio. Que esquecesse o jantar pois ia para o camarote presidencial e haveria comida no “lounge”. Estacionámos na garagem e o cartão VIP garantiu-nos a companhia de uma miúda sorridente até aos nossos lugares, um luxo! Mirei o estádio, como era belo. A pista de atletismo garantia a polivalência do complexo. Já ali tocaram os Rolling Stones. Sonhei, seria perfeito se para o ano ali visse os U2!
Um jogo à segunda-feira é sempre inesperado, meio fora de tempo. Talvez por isso o golo da primeira parte não significasse nada. O intervalo trouxe a comida quente que confesso devorei. Foram muitos os amigos que reencontrei e as mulheres marcavam presença como já não me lembrava de ver. O conforto dos estádios convenceu as famílias, nivelámos por cima. Espero que a aposta se traduza em mais espectáculo, sim, não sou despesista mas não enjeito o que já temos. Aproveitem-se os estádios e as suas condições para grandes eventos. Temos o clima e as estruturas. Estamos à espera do quê?
A segunda parte trouxe-me dois amargos de boca. O primeiro foi o empate em fora-de-jogo evidente. O segundo, mais grave, foi a distribuição de panfletos à saída. Aproximam-se as eleições do clube e um dos candidatos, o que não é presidente, presenteou-nos com um conjunto de impropérios impróprios de doutor, revi o boçal. Só por isso vale a pena não votar nele. (Mal ó) Académica se o elevas a tal! Depois o outro tem obra feita. Não o conheço, não me deve nada nem eu a ele, mas apetece-me apoiá-lo!
É nos momentos de glória que surgem os oportunistas e não raras vezes ficam com o quinhão. Esse é um dos males do nosso tempo, não o de haver oportunistas mas o de nada fazermos para os denunciar!
Quanto vale este ícone?
Me, alhada e outros sabores!
Na passada sexta-feira apareci de surpresa no jantar do primeiro aniversário do blog AfundaSão! Estava à espera de tudo menos daquilo! Entrei tarde, já a placa “encerrado” inibia a entrada aos mais afoitos. Pedi desculpa, que sim, que era um dos comensais bloguistas. Olharam-me com espanto e perguntaram, “é amigo da São!”. Anuí, claro que era! "Abre-te Sésamo" e levaram-me à sala onde decorria o repasto. Eu e o Vasco, assim se chama o meu amigo, passámos ali de rompante a meu pedido já que tínhamos outro programa em Coimbra, esse sim, inadiável.
Na sala a algazarra era grande. A comida acabara-se e restava o vinho, a rodos! Uns de pé, outros sentados e a música seguia a bom ritmo, não faltava mesmo o ecrã onde se projectavam as letras, e que letras. Bocage teria corado, eu não! Cantei também, bem alto, que a letra permitia desafinanços!
Olharam-nos desconfiados, claro, pela pinta ou éramos modelos da Osklen ou membros da PJ. Escolheram o mais difícil, seríamos da PJ! Depois apresentei-me. Exacto, João Mãos de Tesoura? Quem era este? Não fosse a Gotinha reconhecer-me e teria saído dali de rastos ... nem que para isso me socorresse do vinho!
Passadas as apresentações, mais tarde em detalhe pela Gotinha “elle même” (oh! meus amigos ... o Goto que me perdoe!), sentei-me junto da Karla Vainessa que “mui gentilmente” me foi dando conta do acontecimento.
Falaram em pagar, que éramos todos solidários. Fiz sinal ao Vasco, levantei-me e disse algo brilhante ou nem por isso, mas deixaram-nos ir não sem antes assinar um poema declamado com ardor pelo Orca.
Gostei do que vi; há muitos condóminos que se conhecem pior, afinal era mesmo real, cada vez gosto mais disto!
- São Rosas, senhor!
- Bem vejo ...
Consegui a muito custo esta foto da São. Lá no fundo, lá no fundo, não passa de uma tímida, percebe-se bem porquê! Dá Deus nozes ...
Na sala a algazarra era grande. A comida acabara-se e restava o vinho, a rodos! Uns de pé, outros sentados e a música seguia a bom ritmo, não faltava mesmo o ecrã onde se projectavam as letras, e que letras. Bocage teria corado, eu não! Cantei também, bem alto, que a letra permitia desafinanços!
Olharam-nos desconfiados, claro, pela pinta ou éramos modelos da Osklen ou membros da PJ. Escolheram o mais difícil, seríamos da PJ! Depois apresentei-me. Exacto, João Mãos de Tesoura? Quem era este? Não fosse a Gotinha reconhecer-me e teria saído dali de rastos ... nem que para isso me socorresse do vinho!
Passadas as apresentações, mais tarde em detalhe pela Gotinha “elle même” (oh! meus amigos ... o Goto que me perdoe!), sentei-me junto da Karla Vainessa que “mui gentilmente” me foi dando conta do acontecimento.
Falaram em pagar, que éramos todos solidários. Fiz sinal ao Vasco, levantei-me e disse algo brilhante ou nem por isso, mas deixaram-nos ir não sem antes assinar um poema declamado com ardor pelo Orca.
Gostei do que vi; há muitos condóminos que se conhecem pior, afinal era mesmo real, cada vez gosto mais disto!
- São Rosas, senhor!
- Bem vejo ...
Consegui a muito custo esta foto da São. Lá no fundo, lá no fundo, não passa de uma tímida, percebe-se bem porquê! Dá Deus nozes ...
domingo, novembro 21, 2004
Outgoing
Aproxima-se a melhor altura do ano para se gozarem as merecidas férias. Nada como fugir no Inverno para destinos exóticos; praias turquesas, temperaturas tórridas, mergulhos em recifes e bebidas fumarentas. Compreendo a procura do social nas estâncias de Inverno, mas não entendo ir para férias para me vestir mais ainda! Nada como a informalidade do Verão. E só de pensar que tiritam em Portugal enquanto eu torro, o gozo sobe de escala! Lá no fundo, bem no fundo, precisamos todos de alguns argumentos para nos sentirmos privilegiados.
Sai-se de Portugal e muda-se o paradigma. Só isso dispensa a necessidade da primeira semana para alheamento do dia-a-dia. Sou assim, aqui no burgo demoro mais tempo a desligar. A arte reside na capacidade de nos mantermos afastados até ao momento da chegada sem o peso do dia de amanhã.
E se a escolha for bem feita teremos poucas hipóteses de encontrar o colega, o vizinho ou um conhecido que se espera não estar ali. Depois não levamos o telemóvel. Telefonamos nós porque quem cá fica não precisa de interromper o nosso deleite. Se for chatice adia-se e se for prazer ignora-se, afinal já estamos no paraíso!
A companhia, essa, ficará indelevelmente ligada ao destino. E em matéria de memórias as férias serão sempre a matriz, e tudo o resto gravitará à volta delas bem ao contrário da vida.
Em férias sou miúdo ...
E o teu destino qual é?
Sai-se de Portugal e muda-se o paradigma. Só isso dispensa a necessidade da primeira semana para alheamento do dia-a-dia. Sou assim, aqui no burgo demoro mais tempo a desligar. A arte reside na capacidade de nos mantermos afastados até ao momento da chegada sem o peso do dia de amanhã.
E se a escolha for bem feita teremos poucas hipóteses de encontrar o colega, o vizinho ou um conhecido que se espera não estar ali. Depois não levamos o telemóvel. Telefonamos nós porque quem cá fica não precisa de interromper o nosso deleite. Se for chatice adia-se e se for prazer ignora-se, afinal já estamos no paraíso!
A companhia, essa, ficará indelevelmente ligada ao destino. E em matéria de memórias as férias serão sempre a matriz, e tudo o resto gravitará à volta delas bem ao contrário da vida.
Em férias sou miúdo ...
E o teu destino qual é?
sábado, novembro 20, 2004
Thoughts
Hmmm! A tua provocação João merece resposta! Sabes que somos melhores, de outra forma não nos provocarias?! Não, não me parece que seja isso … só queres ver até aonde vamos … sacaninha. Sendo assim espera pela resposta … não, assim vais pensar que somos insensíveis. Claro que somos, doutra forma como poderíamos ter filhos … sensíveis são vocês, medrosos, sem uma mulher por perto sentem-se perdidos. Tudo bem, mas sem vocês o que seria de nós … tricas e mais tricas … ah! João! A tua pergunta tem água no bico. Sei lá, vocês são o nosso mundo, confesso, são! E isso irrita-me, ter de admiti-lo, logo a ti que sorris quando falo … ok! ok! Vou lá ao teu post “Donne” deixar a minha marca …. depois aguenta-te à bronca. Raios, sei que te aguentas … pára de sorrir! Hmmm!
O que ele merece ...
Era uma vez uma mulher azul num país azul. Conduzia um carro azul numa estrada azul. Teve um acidente azul e foi levada para um hospital azul. Acordou num quarto azul, deitada numa cama azul. De repente entra um enfermeiro vermelho … que não é desta história.
O que ele merece ...
Era uma vez uma mulher azul num país azul. Conduzia um carro azul numa estrada azul. Teve um acidente azul e foi levada para um hospital azul. Acordou num quarto azul, deitada numa cama azul. De repente entra um enfermeiro vermelho … que não é desta história.
sexta-feira, novembro 19, 2004
Audácia
Fios, dezenas, milhares, invisíveis e que por vezes nos condicionam a vida. O emaranhado aumenta com a indecisão, com a complacência, com a cobardia. Ontem foi “sim” , hoje é “não”, amanhã será “talvez”!
Resoluto! Perseverante! Perspicaz! Tudo isso e algo mais, marioneta nunca! Recuso esse papel, para mim ou para os meus! Uma história é feita de ambição e coragem, mesmo as nossas. Tudo com conta, peso e medida. Não haverá Mulher que exija menos, e ainda bem!
Ainda falando de audácia; o desafio foi lançado no post anterior. Digam de vossa justiça!
Aiuto ... I'm feeling silly!
Enquanto pensas eu vou para a noite ... que se faz cedo!
Resoluto! Perseverante! Perspicaz! Tudo isso e algo mais, marioneta nunca! Recuso esse papel, para mim ou para os meus! Uma história é feita de ambição e coragem, mesmo as nossas. Tudo com conta, peso e medida. Não haverá Mulher que exija menos, e ainda bem!
Ainda falando de audácia; o desafio foi lançado no post anterior. Digam de vossa justiça!
Aiuto ... I'm feeling silly!
Enquanto pensas eu vou para a noite ... que se faz cedo!
quinta-feira, novembro 18, 2004
Donne
Mulheres, mulheres. O maior erro que posso cometer é tentar escrever sobre elas. Aliás, eu e qualquer homem.
E se há coisa em que as mulheres nos ultrapassam é no esoterismo. Só isso pode explicar que a mudança de humor num homem possa ser tida como doença bipolar e numa mulher seja considerada um estado de espírito momentâneo. Será confluência positiva dos astros se é ânimo e negativa se é tristeza. Consultem-se os horóscopos do dia; aí, não haverá mulher que não se reencontre, nem que seja numa curta frase no meio do parágrafo. Basta isso para se sentir compreendida ...
E se há coisa que admiro nas mulheres são as suas convicções. E essas, meus amigos, comandam o mundo. Casa, alimentação, carro, filhos, escolas, férias são na maioria da sua decisão. Nós, homens, ficamos sempre com a ilusão que lhes fazemos a vontade ...
E se há coisa em que nós homens somos diferentes é na negociação. A nossa apetência pelo poder faz-nos trabalhar no cinzento. Uma mulher não; não tem tempo! O branco o preto chegam-lhe. Faz 10 coisas em simultâneo e, só por isso, tem de tomar decisões. E uma vez tomada …
E se há coisa que vou fazer é parar de as descrever. Quando o adversário é mais forte temos de aplicar as técnicas do judo. Elas que comentem como são, se é que querem …
Nunca o nome de uma mulher esteve tão perto da verdade … Kidman!
How to Dismantle an Atomic Bomb … o video Vertigo é imperdível!
KARAOKE
(Vertigo, U2)
Uno, dos, tres, catorce
(Turn it up loud, captain)
Lights go down
It's dark, the jungle is
Your head can't rule your heart
I'm feeling so much stronger
Than I thought
Your eyes are wide
And though your soul
It can't be bought
Your mind can wander
(CHORUS)
Hello, hello (¡Hola!)
I'm at a place called Vertigo (¿Dónde está?)
It's everything I wish I didn't know
Except you give me something
I can feel, feel
The night is full of holes
These bullets rip the sky
Of ink with gold
They twinkle as the boys
Play rock and roll
They know that they can't dance
At least they know
I can't stand the beats
I'm asking for the check
The girl with crimson nails
Has Jesus around her neck
Swinging to the music
(CHORUS)
(Checking it)
(Shadows fall)
(She'll make it)
All this, all of this can be yours
All of this, all of this can be yours
All this, all of this can be yours
Just give me what I want
And no one gets hurt
(CHORUS)
I can feel your love teaching me how
Your love is teaching me how
How to kneel, kneel
P.S. I won’t kneel … I just lay down if you do! We are Peers not half’s!
E se há coisa em que as mulheres nos ultrapassam é no esoterismo. Só isso pode explicar que a mudança de humor num homem possa ser tida como doença bipolar e numa mulher seja considerada um estado de espírito momentâneo. Será confluência positiva dos astros se é ânimo e negativa se é tristeza. Consultem-se os horóscopos do dia; aí, não haverá mulher que não se reencontre, nem que seja numa curta frase no meio do parágrafo. Basta isso para se sentir compreendida ...
E se há coisa que admiro nas mulheres são as suas convicções. E essas, meus amigos, comandam o mundo. Casa, alimentação, carro, filhos, escolas, férias são na maioria da sua decisão. Nós, homens, ficamos sempre com a ilusão que lhes fazemos a vontade ...
E se há coisa em que nós homens somos diferentes é na negociação. A nossa apetência pelo poder faz-nos trabalhar no cinzento. Uma mulher não; não tem tempo! O branco o preto chegam-lhe. Faz 10 coisas em simultâneo e, só por isso, tem de tomar decisões. E uma vez tomada …
E se há coisa que vou fazer é parar de as descrever. Quando o adversário é mais forte temos de aplicar as técnicas do judo. Elas que comentem como são, se é que querem …
Nunca o nome de uma mulher esteve tão perto da verdade … Kidman!
How to Dismantle an Atomic Bomb … o video Vertigo é imperdível!
KARAOKE
(Vertigo, U2)
Uno, dos, tres, catorce
(Turn it up loud, captain)
Lights go down
It's dark, the jungle is
Your head can't rule your heart
I'm feeling so much stronger
Than I thought
Your eyes are wide
And though your soul
It can't be bought
Your mind can wander
(CHORUS)
Hello, hello (¡Hola!)
I'm at a place called Vertigo (¿Dónde está?)
It's everything I wish I didn't know
Except you give me something
I can feel, feel
The night is full of holes
These bullets rip the sky
Of ink with gold
They twinkle as the boys
Play rock and roll
They know that they can't dance
At least they know
I can't stand the beats
I'm asking for the check
The girl with crimson nails
Has Jesus around her neck
Swinging to the music
(CHORUS)
(Checking it)
(Shadows fall)
(She'll make it)
All this, all of this can be yours
All of this, all of this can be yours
All this, all of this can be yours
Just give me what I want
And no one gets hurt
(CHORUS)
I can feel your love teaching me how
Your love is teaching me how
How to kneel, kneel
P.S. I won’t kneel … I just lay down if you do! We are Peers not half’s!
quarta-feira, novembro 17, 2004
Uomini
Este é o maior desafio que vos farei, às leitoras claro. Falem-me do vosso homem ideal e por favor não se restrinjam ao aspecto emocional …
A selecção foi minha a pensar em vocês … devo ter dado mais um tiro ao lado do porta-aviões!
Pensei colocar a minha foto ... recupero a desvantagem com mais 15 minutos de conversa!
Ok! Ok! Fui sobranceiro … que querem, eles estavam a pedi-las!
A selecção foi minha a pensar em vocês … devo ter dado mais um tiro ao lado do porta-aviões!
Pensei colocar a minha foto ... recupero a desvantagem com mais 15 minutos de conversa!
Ok! Ok! Fui sobranceiro … que querem, eles estavam a pedi-las!
Letal
Porque nós merecemos!
Are you talking to me?
No, I’m just fixed on you! Are you a snake?
Are you talking to me?
No, I’m just fixed on you! Are you a snake?
Freedom
Era uma vez uma águia que andava em voo circular à procura de alimento. Vislumbrou ao longe outra ave. Parecia ser outra águia pelo que ambas se aproximaram. O soberbo da primeira e a envergadura da segunda foram razões bastantes para a corte. Embora enorme, a segunda águia era de uma doçura invulgar para um macho dominante. A fêmea, essa, facilitou sempre a aproximação. Pousaram no cercado e miraram-se com mais calma. Estavam agora lado a lado. O macho mais determinado avançou e afagou as penas da fêmea que lhe retribuiu o gesto timidamente. Voltaram a voar e a cena repetiu-se ainda por alguns dias.
Certa vez o macho viu a fêmea ao longe com outro pássaro. Acercou-se. Não, não podia ser. Afinal eram duas pombas. Voavam em sintonia embora a fêmea parecesse triste. Esta, ao ver a águia fugiu para o cercado. O pombo macho nunca teria hipóteses. Na pressa da fuga este foi esconder-se no pombal, reduto seu e da fêmea. Ali só o pombo se sentia feliz e mesmo este saberia mais tarde que nem isso era ou fora. Bom pombo, nunca pensou que a fêmea precisasse ser mais do que ser pomba. E precisava. Era uma águia. E não estava ali!
A fêmea estava agora no cercado esperando a águia placidamente. Esta abeirou-se. A fêmea parecia distante, indecisa e insegura. Tomara uma decisão. Partiria para o pombal não sem antes se despedir da águia. Miraram-se. A pomba nunca seria águia, pensou. Estava enganada. A águia percebeu o momento e afastou-se num voo majestoso. A pomba, essa, deixou cair uma lágrima, faltava-lhe a coragem e a paixão. A águia era grande, só agora o percebera.
A águia continuou a voar sobre os campos sem mais importunar os pombos. Não demorou muito a vê-los afastados em pombais diferentes. A pomba sonhava agora com a águia. Mas onde andava ela?
Porque as leitoras merecem …
Adorava ler agora os vossos comentários!
ok! ok! Uma de cada vez!
Certa vez o macho viu a fêmea ao longe com outro pássaro. Acercou-se. Não, não podia ser. Afinal eram duas pombas. Voavam em sintonia embora a fêmea parecesse triste. Esta, ao ver a águia fugiu para o cercado. O pombo macho nunca teria hipóteses. Na pressa da fuga este foi esconder-se no pombal, reduto seu e da fêmea. Ali só o pombo se sentia feliz e mesmo este saberia mais tarde que nem isso era ou fora. Bom pombo, nunca pensou que a fêmea precisasse ser mais do que ser pomba. E precisava. Era uma águia. E não estava ali!
A fêmea estava agora no cercado esperando a águia placidamente. Esta abeirou-se. A fêmea parecia distante, indecisa e insegura. Tomara uma decisão. Partiria para o pombal não sem antes se despedir da águia. Miraram-se. A pomba nunca seria águia, pensou. Estava enganada. A águia percebeu o momento e afastou-se num voo majestoso. A pomba, essa, deixou cair uma lágrima, faltava-lhe a coragem e a paixão. A águia era grande, só agora o percebera.
A águia continuou a voar sobre os campos sem mais importunar os pombos. Não demorou muito a vê-los afastados em pombais diferentes. A pomba sonhava agora com a águia. Mas onde andava ela?
Porque as leitoras merecem …
Adorava ler agora os vossos comentários!
ok! ok! Uma de cada vez!
segunda-feira, novembro 15, 2004
Clone
A pedido da Tati, e com a distância crítica que a mim reservo, respondo com esta imagem ao desafio que me lançou nos comentários do post anterior. Miúdas, desfrutai!
Outono
Haverá melhor maneira de começar a semana?
Soprano
Para quem leu o post anterior deixo aqui a minha compreensão e solidariedade. Reli-o e percebi que há coisas que nunca se devem escrever pois não haverá engenho ou arte que as explique. Apeteceu-me, que querem? Regresso agora à minha forma diabólica …
Eu e Deus, uma conversa a 2
EU:
Uma das primeiras coisas que aprendi com a maturidade foi a de reconhecer na natureza a aptidão para simplificar o complexo, para nos remeter para o essencial, para nos deslumbrar com o belo, com o óbvio. Sei, ainda, que o segredo das coisas não está na descoberta das respostas mas antes na formulação das perguntas. E a primeira, a que verdadeiramente interessa, remete-me para “o que ando cá a fazer?”. Segue-se naturalmente uma segunda, “como raio vou simplificar a resposta?”.
É fácil perceber que a pergunta formulada inicialmente não é suficiente pois tem ainda uma carga de complexidade que teria de ultrapassar. Assim fiz para mim outra, “onde estou?”. De facto, para perceber o que sou tenho primeiro de entender o que me rodeia.
Comecei a invocar todos os meus sentidos e rapidamente percebi que nenhum, a sós ou combinado, poderia dar sequer uma pista, uma ideia. Reli os manuais, fixei os autores, segui as teorias e nada! Precisava de uma nova pergunta, “a inteligência e os sentidos serão suficientes para encontrar a resposta?”.
Percebi que não, que pedir a uma célula para explicar o corpo não era tarefa árdua mas antes inútil. Fez-se luz, um reduto de esperança, “haverá respostas sem perguntas?”.
Como é fácil responder a esta pergunta, ingénua para alguém que vive o mundo da ciência, mas fácil contudo. Basta a predisposição para acreditar, para aceitar; pois é, descobri a Fé! Grande coisa dirão, tudo direi eu. Mas que Fé? A Fé de que algo transcendente à minha inteligência e sentidos unifica tudo, cria este imenso espaço que vai do que se vê ao que se sente. Uns chamam-lhe energia, eu chamo-lhe Deus. Sei que, assim como nas diferentes confissões, estamos todos a falar do mesmo. A grande diferença é que eu já sei onde estou e para minha sanidade dispenso a pergunta.
Regresso então à primeira, “o que ando cá a fazer?”. Terei algum desígnio, será efémera a minha passagem, qual a conduta que me deve reger? Ocorreu-me que não estava só, que o sistema tem vasos comunicantes, que havia o efeito borboleta, etc. Faltava-me assim uma última pergunta, “o que andam os outros cá a fazer?”
Olhei o mundo e vi a evolução da natureza, a história dos homens, suas cores, credos e ideais. Como posso explicar a injustiça, a guerra, a doença e a pobreza? Porque seria o mundo imperfeito? Poderia a imperfeição ser a perfeição? Claro! O mundo é imperfeito para poder oferecer incerteza a todos, para poder dar de alguma forma um risco incerto à vida de cada um. Maravilhoso! Afinal há um desígnio, a minha esperança de concluir aumentou.
Mas não havendo certeza haverá destino? Não! Existe de facto escolha, o livre arbítrio! É no cruzamento da incerteza com a escolha que se traça o curso da vida. Ok! O papel dos outros é criar o meu contexto e eu faço parte do contexto deles. Continua a dúvida, “o que ando cá a fazer?”.
Serei eu parte da tal energia, fará tudo parte do todo? Claro que sim, e se eu fizer melhor o todo melhorará! É isso, ando aqui para fazer as escolhas simples, aquelas que não ferem o contexto de ninguém! Tudo o mais é irrelevante, nada me fará mais feliz!
DEUS:
Meu filho, prefiro um mundo simples a um mundo fácil! Obrigado por me teres ouvido …
Uma criança e muitas perguntas ...
Um adulto e uma resposta!
KARAOKE
Imagine (John Lennon)
Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...
Imagine there's no countries,
It isnt hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...
Imagine no possesions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of man,
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say Im a dreamer,
but Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.
Uma das primeiras coisas que aprendi com a maturidade foi a de reconhecer na natureza a aptidão para simplificar o complexo, para nos remeter para o essencial, para nos deslumbrar com o belo, com o óbvio. Sei, ainda, que o segredo das coisas não está na descoberta das respostas mas antes na formulação das perguntas. E a primeira, a que verdadeiramente interessa, remete-me para “o que ando cá a fazer?”. Segue-se naturalmente uma segunda, “como raio vou simplificar a resposta?”.
É fácil perceber que a pergunta formulada inicialmente não é suficiente pois tem ainda uma carga de complexidade que teria de ultrapassar. Assim fiz para mim outra, “onde estou?”. De facto, para perceber o que sou tenho primeiro de entender o que me rodeia.
Comecei a invocar todos os meus sentidos e rapidamente percebi que nenhum, a sós ou combinado, poderia dar sequer uma pista, uma ideia. Reli os manuais, fixei os autores, segui as teorias e nada! Precisava de uma nova pergunta, “a inteligência e os sentidos serão suficientes para encontrar a resposta?”.
Percebi que não, que pedir a uma célula para explicar o corpo não era tarefa árdua mas antes inútil. Fez-se luz, um reduto de esperança, “haverá respostas sem perguntas?”.
Como é fácil responder a esta pergunta, ingénua para alguém que vive o mundo da ciência, mas fácil contudo. Basta a predisposição para acreditar, para aceitar; pois é, descobri a Fé! Grande coisa dirão, tudo direi eu. Mas que Fé? A Fé de que algo transcendente à minha inteligência e sentidos unifica tudo, cria este imenso espaço que vai do que se vê ao que se sente. Uns chamam-lhe energia, eu chamo-lhe Deus. Sei que, assim como nas diferentes confissões, estamos todos a falar do mesmo. A grande diferença é que eu já sei onde estou e para minha sanidade dispenso a pergunta.
Regresso então à primeira, “o que ando cá a fazer?”. Terei algum desígnio, será efémera a minha passagem, qual a conduta que me deve reger? Ocorreu-me que não estava só, que o sistema tem vasos comunicantes, que havia o efeito borboleta, etc. Faltava-me assim uma última pergunta, “o que andam os outros cá a fazer?”
Olhei o mundo e vi a evolução da natureza, a história dos homens, suas cores, credos e ideais. Como posso explicar a injustiça, a guerra, a doença e a pobreza? Porque seria o mundo imperfeito? Poderia a imperfeição ser a perfeição? Claro! O mundo é imperfeito para poder oferecer incerteza a todos, para poder dar de alguma forma um risco incerto à vida de cada um. Maravilhoso! Afinal há um desígnio, a minha esperança de concluir aumentou.
Mas não havendo certeza haverá destino? Não! Existe de facto escolha, o livre arbítrio! É no cruzamento da incerteza com a escolha que se traça o curso da vida. Ok! O papel dos outros é criar o meu contexto e eu faço parte do contexto deles. Continua a dúvida, “o que ando cá a fazer?”.
Serei eu parte da tal energia, fará tudo parte do todo? Claro que sim, e se eu fizer melhor o todo melhorará! É isso, ando aqui para fazer as escolhas simples, aquelas que não ferem o contexto de ninguém! Tudo o mais é irrelevante, nada me fará mais feliz!
DEUS:
Meu filho, prefiro um mundo simples a um mundo fácil! Obrigado por me teres ouvido …
Uma criança e muitas perguntas ...
Um adulto e uma resposta!
KARAOKE
Imagine (John Lennon)
Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...
Imagine there's no countries,
It isnt hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...
Imagine no possesions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of man,
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say Im a dreamer,
but Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.
domingo, novembro 14, 2004
Adunco
Deixo aqui ao Nuno Guerreiro da Rua da Judiaria e ao Francisco José Viegas do Aviz, blogs que visito diariamente, a história do Capuchinho Vermelho contada por judeus.
Capuchinho: porque tens uns olhos tão grandes?
Lobo: para melhor te ver!
Capuchinho: porque tens umas orelhas tão grandes?
Lobo: para melhor te ouvir!
Capuchinho: porque tens um nariz tão grande?
Lobo: olha quem fala!!!!
Capuchinho: porque tens uns olhos tão grandes?
Lobo: para melhor te ver!
Capuchinho: porque tens umas orelhas tão grandes?
Lobo: para melhor te ouvir!
Capuchinho: porque tens um nariz tão grande?
Lobo: olha quem fala!!!!
NED
A língua portuguesa não tinha ainda um acrónimo tão forte, NED (Non Educated Delinquent), um neologismo a reter:
For those of us who were not educated at kindergarten, a ned is a person between the ages of around 8 to 18 who speaks with an accent no-one but fellow neds can understand (often saying stuff like ken fit ye bam). Their clothing consists of brightly coloured fake tracksuits and puffa jackets – a warning for people to stay away, similar to the markings of a wasp. Most will sport a radiant tan – although the furthest they’ve been is to a young offenders’ institute.They’ve been Smoking anything from mud to oregano since they were 3 coz they think it’s hard. They to display this ‘hardness’ by constantly having a cigarette behind one ear, an earring in the other and using the middle finger approach at least 32 times a day. They like to wear a ton of gold jewelery; so high quality the gold rubs off. Hobbies of the bam include drinking, burning down buildings, starting fights and shouting abuse at people. 'im nae a ned ye feckin cunt'
Reconhece-se o estereótipo ... basta passear num centro comercial no fim de semana. Eles de fatos de treino e elas de cor-de-rosa; e para o ano?
Fiz um tuning integral! Vais gostar Betty!
O telefone é Nokia, a écharpe é Dior e o cinzeiro é Siza ... ah! e o cabelo é Beauté!
O escravo vem atrás com as malas ...
For those of us who were not educated at kindergarten, a ned is a person between the ages of around 8 to 18 who speaks with an accent no-one but fellow neds can understand (often saying stuff like ken fit ye bam). Their clothing consists of brightly coloured fake tracksuits and puffa jackets – a warning for people to stay away, similar to the markings of a wasp. Most will sport a radiant tan – although the furthest they’ve been is to a young offenders’ institute.They’ve been Smoking anything from mud to oregano since they were 3 coz they think it’s hard. They to display this ‘hardness’ by constantly having a cigarette behind one ear, an earring in the other and using the middle finger approach at least 32 times a day. They like to wear a ton of gold jewelery; so high quality the gold rubs off. Hobbies of the bam include drinking, burning down buildings, starting fights and shouting abuse at people. 'im nae a ned ye feckin cunt'
Reconhece-se o estereótipo ... basta passear num centro comercial no fim de semana. Eles de fatos de treino e elas de cor-de-rosa; e para o ano?
Fiz um tuning integral! Vais gostar Betty!
O telefone é Nokia, a écharpe é Dior e o cinzeiro é Siza ... ah! e o cabelo é Beauté!
O escravo vem atrás com as malas ...
sábado, novembro 13, 2004
Distância e intervalo
Hoje andei nostálgico. Faltava-me algo ...
Discurso à solta
O Partido:
“Quem concorrer por nós terá de combater por nós!”. Seria um apelo à união ou à obediência?
O País:
Continuar a evitar o despesismo público, reduzir os impostos e aumentar as pensões foram as metas anunciadas. Santana falou para um País de loiros enquanto Bagão convalesce.
As Ilhas:
Pedir aplausos para o candidato derrotado dos Açores denotou sentido político. Repetir o feito com o Alberto João deu-nos a dimensão do seu estômago. Não basta calar aos impropérios que ele lança sobre o Continente, Alberto João tem obra e há que disso tirar partido.
O Aliado:
Herdou um parceiro a quem distribuiu importantes pastas. No Governo como nas eleições regionais foi Portas quem da aliança mais benefícios tirou, sem cerimónia ou pudor. O atrevimento vai custar-lhe a coligação nas legislativas. Só depois se saberá se o casamento continuará.
As minorias:
“Eles mentem, eles perdem”!”. A alusão à ilusão desta mensagem fez-me recordar o provérbio “Dizes o que não deves, ouves o que não queres!”. Mais perigosa do que a democracia são as ditaduras das minorias, geralmente só ouvem os seus ecos. Falou-se no Louçã e recordei o Barnabé que tem mais leitores do que o Povo Livre. Contudo isso não faz uma verdade; a Bíblia é o livro mais vendido no mundo enquanto o Corão é o mais lido. Sabemos bem as consequências que isso tem.
A Alternativa:
“Sócrates anda rodeado de ex-ministros de Guterres.” A sombra do pesadelo foi brutal. A falta de estratégia política, de propostas concretas para áreas estruturais e de alternativas às medidas governamentais ajudaram a materializar o perigo. Sócrates é o adversário ideal de Santana, nunca conseguirá fazer um discurso de improviso ou fazer parecer que o foi; perderá nas urnas como perdeu na televisão.
A Europa:
Durão Barroso, de forma cuidada, fez a homilia no ecrã gigante. A Europa dá-lhe a autoridade que falta a Santana. A reverência foi recíproca. Sabemos agora que Durão não abandonará o seu Delfim. Este apoio será decisivo.
O Futuro:
Santana Lopes convidou Cavaco Silva a concorrer às presidenciais. Cavaco não precisava do apoio, Santana sim! A sombra de Marcelo desapareceu!
A Imagem:
O esforço de sentido de estado e o balancear da cabeça como que a anuir em recato, ficaram indelevelmente marcados por um discurso em que uma das mãos se manteve a maioria das vezes no bolso das calças. Tivesse ele estudado em Coimbra e conheceria a expressão "Destribe-se!”.
Gran Finale:
Nunca um líder do PPD/PSD acabou o seu discurso com tanta propriedade “… obrigado pelo que me têm dado!”
Discurso "brilhante" num País cinzento. Santana está como quer!
Nota: Já disse, e repito, que não sou de esquerda nem de direita, sou agnóstico!
A picardia com o Barnabé é saudável; sou leitor assíduo; distante mas assíduo!
“Quem concorrer por nós terá de combater por nós!”. Seria um apelo à união ou à obediência?
O País:
Continuar a evitar o despesismo público, reduzir os impostos e aumentar as pensões foram as metas anunciadas. Santana falou para um País de loiros enquanto Bagão convalesce.
As Ilhas:
Pedir aplausos para o candidato derrotado dos Açores denotou sentido político. Repetir o feito com o Alberto João deu-nos a dimensão do seu estômago. Não basta calar aos impropérios que ele lança sobre o Continente, Alberto João tem obra e há que disso tirar partido.
O Aliado:
Herdou um parceiro a quem distribuiu importantes pastas. No Governo como nas eleições regionais foi Portas quem da aliança mais benefícios tirou, sem cerimónia ou pudor. O atrevimento vai custar-lhe a coligação nas legislativas. Só depois se saberá se o casamento continuará.
As minorias:
“Eles mentem, eles perdem”!”. A alusão à ilusão desta mensagem fez-me recordar o provérbio “Dizes o que não deves, ouves o que não queres!”. Mais perigosa do que a democracia são as ditaduras das minorias, geralmente só ouvem os seus ecos. Falou-se no Louçã e recordei o Barnabé que tem mais leitores do que o Povo Livre. Contudo isso não faz uma verdade; a Bíblia é o livro mais vendido no mundo enquanto o Corão é o mais lido. Sabemos bem as consequências que isso tem.
A Alternativa:
“Sócrates anda rodeado de ex-ministros de Guterres.” A sombra do pesadelo foi brutal. A falta de estratégia política, de propostas concretas para áreas estruturais e de alternativas às medidas governamentais ajudaram a materializar o perigo. Sócrates é o adversário ideal de Santana, nunca conseguirá fazer um discurso de improviso ou fazer parecer que o foi; perderá nas urnas como perdeu na televisão.
A Europa:
Durão Barroso, de forma cuidada, fez a homilia no ecrã gigante. A Europa dá-lhe a autoridade que falta a Santana. A reverência foi recíproca. Sabemos agora que Durão não abandonará o seu Delfim. Este apoio será decisivo.
O Futuro:
Santana Lopes convidou Cavaco Silva a concorrer às presidenciais. Cavaco não precisava do apoio, Santana sim! A sombra de Marcelo desapareceu!
A Imagem:
O esforço de sentido de estado e o balancear da cabeça como que a anuir em recato, ficaram indelevelmente marcados por um discurso em que uma das mãos se manteve a maioria das vezes no bolso das calças. Tivesse ele estudado em Coimbra e conheceria a expressão "Destribe-se!”.
Gran Finale:
Nunca um líder do PPD/PSD acabou o seu discurso com tanta propriedade “… obrigado pelo que me têm dado!”
Discurso "brilhante" num País cinzento. Santana está como quer!
Nota: Já disse, e repito, que não sou de esquerda nem de direita, sou agnóstico!
A picardia com o Barnabé é saudável; sou leitor assíduo; distante mas assíduo!
sexta-feira, novembro 12, 2004
Médio Oriente
Verdadeiramente imperdível! Encontrei a referência a este trabalho jornalístico do New York Times(uma peça exemplar de jornalismo e multimédia) na Rua da Judiaria. Subscrevo a 100% o que Nuno Guerreiro pensa sobre Arafat. Ainda há homens lúcidos de ambos os lados!
Teve tempo e oportunidade, a história julgá-lo–à!
Acabaram as desculpas para a Paz. Israel tem de estender a mão ...
Teve tempo e oportunidade, a história julgá-lo–à!
Acabaram as desculpas para a Paz. Israel tem de estender a mão ...
quinta-feira, novembro 11, 2004
Tempos e Contratempos
A orquestra gasta os últimos segundos numa cacofonia desconcertante, procurando deixar viva na memória de cada músico o acerto do instrumento, a ideia que cada um deles tem sonoridade própria. O maestro impõe a regra batendo a batuta na pauta, chamando a algazarra à razão. O concerto iria começar.
Num jogo a dois não há maestro mas impõe-se o ritmo. Os sons e os silêncios devem estar em harmonia, e se um sola o outro acompanha e vice-versa. A gestão dos tempos é fundamental. Olham-se olhos nos olhos, sente-se o convite para avançar ou o pedido para recuar e, sublime sintonia, espera-se o crescendo em conjunto. A aprendizagem a cada ensaio, a cumplicidade dos intérpretes, a capacidade de improviso e a incerteza do epílogo ditam a qualidade da melodia.
Serão poucos os que sentiram verdadeiramente os tempos, que completaram a obra para que dela reste a feliz memória de uma música perfeita, sem contratempos, sem nada que os desviasse do dueto que ali celebraram. Esta, meus amigos, é a maior arte!
Vamos ensaiar?
Enche o peito de Ar e a/na Viola usa a imaginação!
Num jogo a dois não há maestro mas impõe-se o ritmo. Os sons e os silêncios devem estar em harmonia, e se um sola o outro acompanha e vice-versa. A gestão dos tempos é fundamental. Olham-se olhos nos olhos, sente-se o convite para avançar ou o pedido para recuar e, sublime sintonia, espera-se o crescendo em conjunto. A aprendizagem a cada ensaio, a cumplicidade dos intérpretes, a capacidade de improviso e a incerteza do epílogo ditam a qualidade da melodia.
Serão poucos os que sentiram verdadeiramente os tempos, que completaram a obra para que dela reste a feliz memória de uma música perfeita, sem contratempos, sem nada que os desviasse do dueto que ali celebraram. Esta, meus amigos, é a maior arte!
Vamos ensaiar?
Enche o peito de Ar e a/na Viola usa a imaginação!
Regresso às origens
A razão da minha ausência foi prosaica, bastaram 2 hérnias inguinais para me deitar no Hospital Universitário de Coimbra. O desígnio foi cumprido.
O que lá aprendi dará para fazer post mais alargado. Fica a promessa!
Levantas pesos como se fosses um puto de 18 anos, ah pois é …
O que lá aprendi dará para fazer post mais alargado. Fica a promessa!
Levantas pesos como se fosses um puto de 18 anos, ah pois é …
terça-feira, novembro 09, 2004
Ausência
Estarei ausente; não, simplesmente não escreverei. Serão 2,3 ou mais dias. Nada disso importa pois regressarei. Afinal, quando se ganha audiência conquista-se o direito de ser ouvido, de partilhar.
O Exacto reabre dentro de momentos!
Estarei sempre aqui ...
O Exacto reabre dentro de momentos!
Estarei sempre aqui ...
segunda-feira, novembro 08, 2004
Diálogos impossíveis
Jacques Chirac, na sua mensagem de congratulações à reeleição de George Bush, afirmou em defesa da Palestina:
“Combateremos os israelitas até ao último palestiniano!”
Também tu, Brutus?
Chirac: Arafat está em coma!
Bush: Pensava que estava em Paris ...
“Combateremos os israelitas até ao último palestiniano!”
Também tu, Brutus?
Chirac: Arafat está em coma!
Bush: Pensava que estava em Paris ...
O Exacto no plural
Começo hoje a publicar alguns textos, poemas ou referências que vou recebendo dos leitores do Exacto. Obrigado Judite (Sousa) pela letra, nunca resisti à Janis Joplin.
The Rose
Some say love it is a river,
that drowns the tender reed.
Some say love it is a razor,
that leaves your soul to bleed.
Some say love it is a hunger,
an endless aching need.
I say love it is a flower,
and you it's only seed.
It's the heart afraid of breaking,
that never learns to dance.
It's the dream afraid of waking,
that never takes the chance.
It's the one who won't be taken,
who cannot seem to give.
And the soul afraid of dying,
that never learns to live.
When the night has been too lonely,
and the road has been too long.
That you think that love is only,
for the lucky and the strong.
Just remember in the winter,
far beneath the bitter snows,
Lies the seed that with the suns love,
in the spring becomes the rose.
The Rose
Some say love it is a river,
that drowns the tender reed.
Some say love it is a razor,
that leaves your soul to bleed.
Some say love it is a hunger,
an endless aching need.
I say love it is a flower,
and you it's only seed.
It's the heart afraid of breaking,
that never learns to dance.
It's the dream afraid of waking,
that never takes the chance.
It's the one who won't be taken,
who cannot seem to give.
And the soul afraid of dying,
that never learns to live.
When the night has been too lonely,
and the road has been too long.
That you think that love is only,
for the lucky and the strong.
Just remember in the winter,
far beneath the bitter snows,
Lies the seed that with the suns love,
in the spring becomes the rose.
domingo, novembro 07, 2004
Emotion equity
Um dos maiores equívocos da natureza humana é confundir-se uma expectativa com um compromisso. Uma e outro são honestos quando claros e, nos negócios como na vida, devem gerir-se com parcimónia.
Uma expectativa não obriga a compromisso, aponta tão-somente para ele. É um farol de conduta quando há interesses em jogo entre dois ou mais actores. Mas, mesmo esta, pode ser mal gerida. Basta criar esperança onde não a há, dar informação imperfeita, assumir uma vontade que não depende de nós. A expectativa é como um noivado, é perfeita enquanto não se materializa.
Um compromisso tem outro nível de responsabilidade. É, para todos os efeitos, um contrato. Tem, assim, regras, deveres e obrigações. A quebra só se pode assumir por incumprimento, e este resulta de alternativa ou desinteresse. Há coimas económicas e morais, mas são sempre injustas para as partes. Contudo, com o incumprimento viola-se o espírito do contrato, razão bastante para se questionar o negócio. Os contratos são sempre a prazo, é a vontade que os renova.
Pior, muito pior do que violar expectativas ou compromissos é impor a ditadura da vontade, admitir que os nossos interesses são o centro do negócio. Um compromisso nunca é escravatura, embora a tentação seja grande. Também aqui a compreensão, bom-senso e dedicação são a chave do sucesso.
A ligeireza com que se gerem expectativas e compromissos obriga a uma elevada inteligência emocional. Quem não a tiver não está preparado para os tempos modernos, onde o que parece … pode não ser!
Água ... tão cristalina para uma distorção tão grande …
A expectativa é grande para um compromisso que se adivinha!
Uma expectativa não obriga a compromisso, aponta tão-somente para ele. É um farol de conduta quando há interesses em jogo entre dois ou mais actores. Mas, mesmo esta, pode ser mal gerida. Basta criar esperança onde não a há, dar informação imperfeita, assumir uma vontade que não depende de nós. A expectativa é como um noivado, é perfeita enquanto não se materializa.
Um compromisso tem outro nível de responsabilidade. É, para todos os efeitos, um contrato. Tem, assim, regras, deveres e obrigações. A quebra só se pode assumir por incumprimento, e este resulta de alternativa ou desinteresse. Há coimas económicas e morais, mas são sempre injustas para as partes. Contudo, com o incumprimento viola-se o espírito do contrato, razão bastante para se questionar o negócio. Os contratos são sempre a prazo, é a vontade que os renova.
Pior, muito pior do que violar expectativas ou compromissos é impor a ditadura da vontade, admitir que os nossos interesses são o centro do negócio. Um compromisso nunca é escravatura, embora a tentação seja grande. Também aqui a compreensão, bom-senso e dedicação são a chave do sucesso.
A ligeireza com que se gerem expectativas e compromissos obriga a uma elevada inteligência emocional. Quem não a tiver não está preparado para os tempos modernos, onde o que parece … pode não ser!
Água ... tão cristalina para uma distorção tão grande …
A expectativa é grande para um compromisso que se adivinha!
quarta-feira, novembro 03, 2004
Crime perfeito
Encontrei, por mero acaso, este desenho que fiz quando tinha sete anitos. Recordei que fui criança, embora a mensagem que passei fosse preocupante. Contrabandear um polícia ...
Devo ter sido ajudado, o que me preocupa mais ainda. Como seria o meu professor da 2ª classe?
Devo ter sido ajudado, o que me preocupa mais ainda. Como seria o meu professor da 2ª classe?
Estupefacção
Bagão Félix; o nome prometia ... a história, infelizmente, não. Eu até confiava no "gajo"; há funcionários zelosos, outros abusam. Abre-se uma porta, abrem-se Portas!
Certo dia, já cansado, S. Pedro decide arranjar um substituto. O anjo escolhido questionou-o “Mas como farei o teu papel? Como saberei quem deve ir para o Céu?”, ao que S. Pedro respondeu “Será fácil! Vês aquelas mesas? Numa está a Bíblia, na outra notas de mil dólares. Se eles se dirigirem para a Bíblia manda-os para o Reino do Céus, os outros manda-os para o Belzebu!”
E assim foi.
Um dia, assustado, telefona o anjo ao S. Pedro. “Não sei o que fazer. Entrou aqui um homem que se dirigiu à Bíblia. Leu e releu 1 folha, tomou notas, sublinhou. Depois, dirigiu-se à mesa dos dólares e retirou uma nota com que marcou a folha que leu. Está nisto há horas e já deve ter usado uns 30 mil dólares ...”
S. Pedro, tranquilo, acalmou-o “Deixa-o entrar; ele é da Opus Dei!”
Certo dia, já cansado, S. Pedro decide arranjar um substituto. O anjo escolhido questionou-o “Mas como farei o teu papel? Como saberei quem deve ir para o Céu?”, ao que S. Pedro respondeu “Será fácil! Vês aquelas mesas? Numa está a Bíblia, na outra notas de mil dólares. Se eles se dirigirem para a Bíblia manda-os para o Reino do Céus, os outros manda-os para o Belzebu!”
E assim foi.
Um dia, assustado, telefona o anjo ao S. Pedro. “Não sei o que fazer. Entrou aqui um homem que se dirigiu à Bíblia. Leu e releu 1 folha, tomou notas, sublinhou. Depois, dirigiu-se à mesa dos dólares e retirou uma nota com que marcou a folha que leu. Está nisto há horas e já deve ter usado uns 30 mil dólares ...”
S. Pedro, tranquilo, acalmou-o “Deixa-o entrar; ele é da Opus Dei!”
Dental Floss
Uma imagem vale por mil palavras. Operador de câmara, de som, e outros tantos profissionais da tvi rendem-se aos encantos da Carla Matadinho. Está encontrada a génese da quinta das celebridades!
Estás a sorrir de quê? Bebe o sumo e arrefece ...
Estás a sorrir de quê? Bebe o sumo e arrefece ...
Telegrama
Há muito que uma eleição não era tão disputada. Insegurança, riqueza e valores estavam em causa. Os americanos decidiram e o mundo aguardou. A decisão foi livre, foi deles!
E nós? Não nos podemos lastimar; resta-nos fazer da nossa velha Europa uma “nação” forte, e não serão franceses ou alemães a ditar a nossa agenda, pois para isso já temos os americanos.
E os outros? Israel ganhou força, o Irão e a Síria sabem hoje que são alvos próximos e a China continuará a crescer.
E o futuro? Vivemos a globalização do fácil e do expediente, do crime impune, da riqueza imediata, do poder pelo poder. Temos que repensar os valores, gritar bem alto a nossa revolta para que os nossos filhos tenham para eles um futuro melhor.
Está tudo bem?
E nós? Não nos podemos lastimar; resta-nos fazer da nossa velha Europa uma “nação” forte, e não serão franceses ou alemães a ditar a nossa agenda, pois para isso já temos os americanos.
E os outros? Israel ganhou força, o Irão e a Síria sabem hoje que são alvos próximos e a China continuará a crescer.
E o futuro? Vivemos a globalização do fácil e do expediente, do crime impune, da riqueza imediata, do poder pelo poder. Temos que repensar os valores, gritar bem alto a nossa revolta para que os nossos filhos tenham para eles um futuro melhor.
Está tudo bem?
Light
Para quem o sexo dos anjos era ainda uma incógnita ...
terça-feira, novembro 02, 2004
Momentos que calam
Meus caros, quando escolhi o nome deste blog estava longe de imaginar escrever sobre o amor. Prometi ser exacto e pensava versar mais sobre a sociedade. Contudo, e porque um blog é um estado de espírito, mesmo os especializados, apetece-me dizer-vos o que a maioria das pessoas teria receio! Estou feliz como nunca estive, e isso tão-somente porque me conheço melhor! O resto mando-o às favas! Eu mereço isto ... e vocês também!
Ainda há hotéis assim ...
ela: Que idade tens?
ele: Pergunta errada. Não é a idade que queres saber mas os anos que tenho para viver!
KARAOKE
Just The Way You Are
(Barry White)
(Esta música não tem letra, só receita!)
Don't go changing, trying to please me
You never let me down before
I don't imagine you're too familiar
And I don't see you anymore
I would not leave you in times of trouble
We never could have come this far
I took the good times, I'll take the bad times
I'll take you just the way you are
Don't go trying some new fashion
Don't change the color of your hair
You always have my unspoken passion
Although I might not seem to care
I don't want clever conversation
I don't want to work that hard
I just want some someone to talk to
I want you just the way you are.
I need to know that you will always be
The same old someone that I knew
What will it take till you believe in me
The way that I believe in you.
I said I love you and that's forever
And this I promise from my heart
I could not love you any better
I love you just the way you are.
Ainda há hotéis assim ...
ela: Que idade tens?
ele: Pergunta errada. Não é a idade que queres saber mas os anos que tenho para viver!
KARAOKE
Just The Way You Are
(Barry White)
(Esta música não tem letra, só receita!)
Don't go changing, trying to please me
You never let me down before
I don't imagine you're too familiar
And I don't see you anymore
I would not leave you in times of trouble
We never could have come this far
I took the good times, I'll take the bad times
I'll take you just the way you are
Don't go trying some new fashion
Don't change the color of your hair
You always have my unspoken passion
Although I might not seem to care
I don't want clever conversation
I don't want to work that hard
I just want some someone to talk to
I want you just the way you are.
I need to know that you will always be
The same old someone that I knew
What will it take till you believe in me
The way that I believe in you.
I said I love you and that's forever
And this I promise from my heart
I could not love you any better
I love you just the way you are.
segunda-feira, novembro 01, 2004
Expediente
Uma “estória” que ouvi ontem em tertúlia.
Um conhecido realizador nova-iorquino recebeu uma carta de um colega de Los Angels que dizia: “Meu caro, envio-te o contacto de uma actriz que se vai mudar para Nova Iorque. Ela representa pessimamente, tem voz de cana rachada e dificuldade em somar. Contudo, é uma cama do além!” O realizador nova-iorquino, depois de ponderar, contratou a actriz.
Passados uns meses os realizadores encontram-se numa convenção em Chicago. Diz o nova-iorquino “Obrigado pela actriz que recomendaste!”, ao que o outro responde “Actriz? Mas eu nunca te recomendei ninguém!”
Piada marialva ... há dias assim!
Um conhecido realizador nova-iorquino recebeu uma carta de um colega de Los Angels que dizia: “Meu caro, envio-te o contacto de uma actriz que se vai mudar para Nova Iorque. Ela representa pessimamente, tem voz de cana rachada e dificuldade em somar. Contudo, é uma cama do além!” O realizador nova-iorquino, depois de ponderar, contratou a actriz.
Passados uns meses os realizadores encontram-se numa convenção em Chicago. Diz o nova-iorquino “Obrigado pela actriz que recomendaste!”, ao que o outro responde “Actriz? Mas eu nunca te recomendei ninguém!”
Piada marialva ... há dias assim!
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