domingo, julho 03, 2005

Conduzir conduzido

Há mais de dez anos uma amiga, engenheira geofísica, falou-me das maravilhas dos sistemas de informação geográfica. O corolário prendia-se, claro está, com a utilização do GPS (sistema de posicionamento global) para o controlo do tráfego. Outros tempos, as mesmas necessidades.

Faço o check-out e dirijo-me para o balcão da Europcar. A vantagem de chegar depois das 24h garante-me que as reservas de balcão esgotaram a classe de viaturas que eu alugara. Perfeito, agora iria viajar num Toyota diesel de 2 litros pelo preço de um Seat Ibiza. Bastava-me que o isqueiro funcionasse para carregar o GPS bluetooth e o Qtek S100, a surpresa viria com o facto do telemóvel encaixar na perfeição por cima do conta-rotações. De facto, num carro alugado este manómetro é dispensável...
Emparelhei ambos os equipamentos (é assim que se diz em bluetoothenês), GPS e telemóvel, e "abri"o software de navegação TomTom. Escolhi o destino, já que o ponto onde me encontrava foi escolhido automaticamente como origem. O cálculo do percurso ideal foi calculado em parcos segundos. Saí do mapa onde o trajecto ficara destacado e escolhi a navegação através do "navigator", um verdadeiro simulador a 3 dimensões. Para ser um jogo de computador só lhe falta o realismo do cenário, mas tudo o resto está lá. Fiz-me à estrada e na primeira rotunda do aeroporto ouço nitidamente a vir do telemóvel num inglês perfeito e feminino, "in two hundred meters roundabout second exit". Afinal não iria viajar só. A meio da viagem, e por mera distracção, saí no local errado. De imediato, nem 5 segundos, o trajecto foi recalculado e eu fui conduzido de novo à autoestrada. Se o Vasco da Gama sonhasse...



Ai do taxista que me enganar...

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