sexta-feira, abril 22, 2005

João Pestana

O final do dia é sempre difícil, penoso. Nunca devemos pensar muito aí, mas pensamos. O cansaço sobrepõe-se à lógica, a resistência cede à insinuação, o repouso rende-se a todos os argumentos, todos, por uma boa cama. É bom estar assim cansado, não há sono melhor! Fecham-se os olhos, só, e dorme-se sem hesitação. Não há luz que importune o olhar nem músculo que se atreva a resistir. A factura chega de manhã quando se acorda de pronto para mais um cansaço, quando as horas dormidas foram parcas no torpor consentido; abrem-se os olhos e nega-se o dia, perde-se o sono mas não a razão. O bocejo, esse, acompanha-nos ao longo do dia para nos recordar que o corpo precisa de dono mais atento. A vergonha será nossa, o sono também!


Não, não está ninguém a roncar... é a televisão!

Diz-me que cama tens e dir-te-ei quem és...

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