Mas se os accionistas das empresas são quem melhor pode zelar pelos interesses dos seus stakeholders (clientes, empregados, fornecedores, ...), estando tecnicamente preocupados com a produtividade (relação entre os resultados obtidos e os recursos consumidos) e assim não contrários a políticas de downsizing, terá de ser o Estado a zelar por quem sofrer do choque tecnológico; sim, porque o desemprego terá de aumentar.
No mundo ocidental o desenvolvimento e o desemprego andam par a par, o que não faz do modelo a solução ideal, mas é ainda assim a melhor; cabe ao Estado apoiar estes recursos que têm à partida as mesmas ambições sociais que os restantes. Isso passa por uma maior consciência ética das empresas (cumprimento das obrigações fiscais, etc.) e da adequada resposta do Estado (subsídios realistas, legislação que privilegie a criação de postos-de-trabalho, etc.). No caso português deverá ser o Estado o maior indutor de desemprego (criação do e-government, serviços partilhados, centrais de compras e maior spin-off e outsorcing para organizações que façam melhor, i.e. com maiores níveis de serviço - SLA), e para não comprometer políticas estruturais e projectos em curso deverá fazer uma transição tranquila (sem cortes e reduções disparatadas; precisamos de uma visão economicista, de valor, e não contabilística, meramente financeira).
O grande problema é que não há nenhum modelo económico que resolva sabiamente esta questão; não se trata de ideologia, mas sim de sabedoria! Difícil não é seguir o vento, desafio é bolinar! E para isso são precisas 3 coisas; visão estratégica, coragem e capital. As duas primeiras não se compram. Haja homem, haja vontade!
Eles "andem" aí!

Pleno emprego nem em ficção!
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