Todos sabemos a força que o futebol tem nas sociedades ocidentais. A nossa não é excepção. Mobiliza, cria paixões e serve de catarse para a lufa-lufa do dia-a-dia.
Ver um treinador a criticar um jogador adversário, a pedir para abandonar o futebol nacional, é, a meu ver, mero folclore. Mourinho podia ter encontrado melhor forma para se exaltar, mas o que disse foi rigoroso: um jogador simulou falta e fez anti-jogo, e o treinador do Porto tem sido persona não grata dos meios de comunicação. O sucesso e arrogância são mistura mais do que explosiva e fazem manchete.
Pior, muito pior, é ver um executivo apelar à emoção, num tom lamecha e maldicente. Parece evidente que mentia e só por isso vai responder em tribunal. José Eduardo Bettencourt escudou-se no prestígio de um grande clube e os Media exploraram a situação como momento da verdade. Fica a confirmação da macrocefalia de um país antiquado.
Porto e Sporting merecem melhor. Fica-me a Académica e o sol de Lisboa como consolação.
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