À volta de uma entrevista de Luís Villas-Boas levantou-se um debate inflamado. Embora corra o risco de não ser percebido vou tentar expor a minha posição.
Sou frontalmente contra fundamentalismos. Estes, infelizmente, provêm geralmente das minorias que encontram neste modelo uma forma de pressão, quando não de controlo, de quem tem opinião diferente. Encontramos um bom exemplo na comunidade negra dos EUA. Após terem obtido a alienável igualdade de direitos, nada mais justo, querem agora impor a diferença. Quotas nos empregos, preterindo-se assim muitas vezes outros melhores, e cedência na opinião, ignorando-se o papel da história na formação da Nação. A estátua adiada de D. Catarina de Bragança em Queens, bairro que lhe honra a condição, é um bom exemplo do branqueamento da diferença.
Espero que o BE, Ilga e outros defensores dos direitos dos homossexuais não caiam na tentação de se arrogarem como protectores da verdade; neste caso, penso que não têm razão. Que o direito à diferença não se faça à custa de menores!
Antes de mais temos a questão do referencial. O problema não se põe na perspectiva de quem adopta mas sim na dimensão do adoptado. Interessa, portanto, defender primeiro os interesses da criança. Havendo alternativas, que não as frias Instituições do Estado, devem entregar-se as crianças aos casais com maiores probabilidades de sucesso.
Uma criança precisa de amor, mas só isso não lhe garante a felicidade.
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