sexta-feira, setembro 22, 2006

O que vou dizendo por aí

Somos o que escrevemos mas também o que comentamos. Inicio aqui uma nova rubrica que me dará muito pouco trabalho, razão suficiente para a adoptar!





Saramago: No divertido blogue da Gotinha entrei em disputa sobre o Saramago, i.e sobre o "Serei amargo?"
Gabo-te a paciência. Respeito o facto de gostares dele, mas deixa-me dizer-te o que sinto. A esmagadora maioria das pessoas com que falo, talvez seja um problema de analfabetismo dos meus conhecidos, não gosta do Saramago.
Eu confesso-te: li o Memorial do Convento com esforço e deixei a Jangada de Pedra pelo caminho. Detesto o estilo, desculpa, mas é difícil ler Saramago quando se tem, por exemplo, um Eça ou um Lobo Antunes na estante.
Sou apaixonado por literatura, a nossa e a dos outros, compro livros quase compulsivamente, mas há muito que aprendi que devo fazer o que gosto. Acho-o imaginativo, sim, mas de resto é uma estopada.
Como a maioria das pessoas reage como uma manada, para onde vai um vão todos, e porque sei que o Saramago recebeu o Nobel mais por pressão política do que por qualidade literária, estou à vontade para ir contra tudo o que aqui foi escrito.
O Saramago é uma "merda"; posso dizê-lo pois comprei dois livros; lucrou ele comigo e eu não lucrei nada com ele!
Agora podem "cascar-me" pois sou homem de convicções fortes!
P.S. E não, não sou católico nem tenho afiliação partidária!



Souto Moura: O Blasfémias parodia as conclusões do famoso envelope 9. Eu juntei-me à festa!
Souto Moura sai como entrou, a montanha pariu um rato! Mas não foi um rato qualquer, foi o primeiro a ter medo de elefantes...



Furacão Gordon: Passei pelo blogue Mar Salgado, um blogue que já foi mais plural. O post criticava a histeria dos Media a propósito do furacão Gordon. A minha resposta foi frontal, mas não compreendida.
Não posso estar mais em desacordo! O bom-senso dita que mais vale prevenir do que remediar. A história recente já nos deu vários exemplos; a não utilização da informação atempada japonesa sobre o Tsunami que ceifou cerca de 300.000 vidas, o descrédito da população de New Orleans sobre o perigo do Katrina, e outros exemplos que se poderiam enumerar. Felizmente o Furacão não teve consequências humanas, embora as houvesse materiais. Os açorianos, esses, já estão habituados a catástrofes e agradecem a ajuda.
A meteorologia não é uma ciência exacta, mas utiliza técnicas científicas para predizer o acaso. Passa-me o mesmo com a psicologia, mas não é por isso que deixam de dar consultas! ;)
Sabes, podemos aferir o grau de desenvolvimento de um País pela sua capacidade de reacção a uma catástrofe. Falo aqui da antecipação, mecanismos de prevenção e de apoio nas dimensões da protecção civil, saúde, infra-estruturas, meios de comunicação (não só os media), solidariedade social, etc. Pensando bem, nem estivemos mal!



Caricatura: Ganhei um prémio no blogue cáustico de O Vizinho e agora tenho de lhe fazer um post. Aceitam-se ideias. O galardão veio de um pedido de título para uma foto do Sítio na Nazaré, onde se via uma bancada com frutos secos e uma mulher, com as sete saias, tombada para trás numa cadeira a dormir.
Frutos secos, o da Nazarena também!

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