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Não são permitidos animais: chatos, pessimistas, arrogantes, acéfalos ou outro tipo de parasitas...
segunda-feira, dezembro 13, 2004
Flagrantes da vida real
João Miranda, antigo professor de Análise Matemática na Universidade de Coimbra, entrou na sala cheia de caloiros e repetentes. Seriam mais de 300 alunos num auditório apertado. Cadeiras, coxias, parapeitos de janelas, tudo valia para servir de lugar. O professor era um terror e a cadeira tinha alunos de todos os anos uma vez que ainda não havia precedências. Na cadeira estavam inscritos umas largas centenas de várias licenciaturas. Esta seria a primeira aula do ano; estávamos em Setembro. O homem, professor convidado, estava vergado pelo peso da idade e um dente da frente abanava quando falava. Sem dar cavaco a ninguém, começa por escrever no quadro de ardósia verde “1ª frequência dia 23 de Fevereiro às 9h00”. No meio do silêncio sepulcral que reinava na sala fez-se ouvir a voz de um colega, “Se lá chegares!”. A gargalhada que se seguiu impediu-me de saber quem a dissera, e ao professor também ... felizmente!
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