domingo, junho 12, 2005

Sin City

Não é um filme qualquer. O preto-e-branco domina o cenário, dando-lhe o dramatismo que a adaptação da banda desenhada requeria. Os planos são irreais assim como as personagens. Um elenco de luxo. Mickey Rourke é simplesmente sublime, um papel à sua medida; nunca entendi porque foi proscrito durante tanto tempo. Benicio del Toro, um monstro da representação. A banda sonora não fica atrás do imaginário criado.
Empolgante, brutal, impiedoso, caricatural, demasiado revolucionário para ser visto com indiferença. Sentimento igual só o tive em Pulp Fiction. Um filme genial, repito, genial!


Angels...


... and demons!

Cool!

6 comentários:

Pedro Estácio disse...

Fui ver o filme na quinta-feira e francamente não achei que fosse assim tão fantástico. Se é certo que tem boas interpretações: Benicio del Toro e Mickey Rourke, também tem algumas bem fracas: Bruce Willis e Jessica Alba - uma carinha (e corpo) bonitos sem grande capacidade para representar... (está a colher os louros do Dark Angel, cujo sucesso
não é a ela que se deve...)
Para além disso, acho que usa uma amálgama de efeitos especiais interligados, sem muita lógica, acabando numa sucessão de planos chocantes (com recurso a uma violência visual desmedida e sem grande objectivo).

Já o Pulp Fiction é outra história... mas essa fica para outra altura! :)

mfc disse...

Fui ver uma comédia ligeira, "O lado bom da fúria", a disposição só dava mesmo para isso!

João Mãos de Tesoura disse...

Pedro Estácio: não posso deixar de discordar de ti; a lógica do filme é a mesma da BD e os efeitos especiais seguem esse espírito; é assim que o filme tem de ser visto. Dou como exemplo 2 planos; o Mickey Rourke a nadar para a superfície enquanto o carro se afunda; os saltos das viaturas com a aproximação da câmara para potenciar o efeito. Tenho de referir ainda o efeito poético das sombras chinesas e, claro está, os detalhes de cor que iam surgindo aqui e ali. Será um filme polémico a que ninguém ficará indiferente, mas não é um filme tão fácil como o Pulp Fiction. Está mais na senda do Kill Bill, isto para falar no argumento.
Não, não podia deixar de discordar de ti! :)

mfc: espero que te tenhas rido! Afinal, o riso aumenta a esperança de vida para além de melhorar a disposição. Agora já sei porque há pessoas que riem por tudo e por nada, deve ser prescrição médica! :)

Pedro Estácio disse...

Possivelmente tens razão! Como não sou um grande apreciador de BD, posso ter deixado que essa minha "relutância" interferisse na minha análise ao filme.
No entanto, não concordo que o "Pulp Fiction" seja um filme "fácil", pq não o é (em minha opinião, "of course"! :)

Anónimo disse...

O filme é fabuloso mesmo! Confirmou as altas expectativas que tinha ;)

Tb escrevi sobre ele no meu cantinho de cinema --» http://playthatmovieagain.blogspot.com/2005/06/sin-city-cidade-do-pecado.html

João Mãos de Tesoura disse...

pedro estácio: O pulp fiction não é de facto um filme fácil; contudo, o Kill Bill ainda o é menos! Gosto de te ver aqui Pedro, volta sempre.

lost in space: estamos sintonizados o que me faz sentir jovem; sim, porque ninguém tem 19 anos... :D