segunda-feira, junho 06, 2005

Burrice e maldade

Ao longo dos séculos, estes dois epítetos têm andado de mãos dadas para mal do nosso discernimento. Na verdade, destrinçar os dois é fundamental para não se julgar indevidamente. Um acto maldoso pode não ser perverso, pode não ter alcance maior do que a limitação de quem o fez. Basta não haver intenção de dolo, mas tão somente a incompreensão das consequências que daí possam advir. E a reacção, a maior das vezes, será de perplexidade, não fossem as vítimas surpreendidas pelo inesperado.
Hoje olho para trás e sinto-mo confortado com a minha burrice; contudo, não sei se os outros a viram assim...


Quem nunca errou que zurre à vontade!

O português tem muita dificuldade em reconhecer o erro, e isso é muito pior para a nação do que o défice.

4 comentários:

Ana disse...

Burrices e maldades à parte... sê bem voltado, pois isso sim interessa!!!
Falo por mim... que não sou um alter-ego de ninguém... hehehehehehe ;o)

Beijinhos

Raquel Vasconcelos disse...

"Um acto maldoso pode não ser perverso, pode não ter alcance maior do que a limitação de quem o fez. Basta não haver intenção de dolo, mas tão somente a incompreensão das consequências que daí possam advir."

Aproveito-me dessa frase e de aqui ser e não ser (subsiste a dúvida... e no entanto, além do meu nome só tenho mais um nick, velho e já com barbas... de que me socorro para poder colocar um ou outro "smile", nos últimos dias) e digo que de burrice ando eu cansada, farta... Agora, se é da minha ou da dos outros não sei.

Da maldade fujo a sete pés.
Maldade gera maldade que isto de dar a outra face por vezes tem muito que se lhe diga...
Li uma vez que o ódio é como um músculo, treina-se.
Quanto mais se sente ódio mais acutilante este fica. E se não se coloca travão, pode não haver retorno. E isto nunca mais esqueci.

mjm disse...

Óink... Óink...
(usa o Babel Fish e traduz para zurro, porque eu não sei escrever, só cantar)

Amora Silvestre disse...

Pois é verdade!!
Claro que é muito fácil apontar o dedo ao erro dos outros, como se não errássemos todos!
Errar não é ser burro. Errar é o primeiro passo para a aprendizagem. :o)
Só não erra quem não tenta.
Os outros, os que apontam o erro, não reconhecem isto; aí já entra a "burrice".