Há dores terríveis, algumas são mesmo difíceis de catalogar. A dor de cabeça, a dor de barriga, a dor de dentes, a dor ouvidos, a dor de olhos, a dor de aftas, a dor da unha entalada, a dor da ferida que sangra, a dor de algo partido, a dor de cotovelo, a dor de alma e, de longe a pior, a dor de corno. Se à última somarmos a total indiferença, a dor de corno ganha novo significado. E se o interesse nunca tiver sido correspondido então a dor é lancinante. Há quem fique irracional por menos, por isto ficará garantidamente humilhado.
Nestas situações recomenda-se um placebo; umas férias longínquas, umas compras desenfreadas, uma alimentação desregrada ou uma companhia acidental. Nunca, mas nunca invoque a alma perdida, pois cada vez que o fizer (em pensamento, em voz ou em escrita) está a dizer ao mundo que é cornudo.
Vítimas e carpideiras, tomem uma aspirina que isso passa...
Qualquer um pode ser encornado, cornudo só é quem quer!
2 comentários:
Lembrei-me logo daquele Sr muito louro, de olhos azuis, q dizia:
"Jean est un mauvais garçon. Maintenant, vous!", e fazia uma pausa enquanto com cara de parvo, a sorrir para o ecrã, simulava ouvir-nos do lado de cá do televisor, e rematava: "Très bien. Jean est un très mauvais garçon."
Mauvais, mauvais! Tu es ici tu es à manger.... ;)
mjm: eu imagino uma miúda a olhar o ecrán e a dizer: "não pode ser, mas foi mesmo, ai...", e ao lado do rato está uma caixa de prozac semi-aberta; noutro ecrán distante um rapaz diz "ah! pois não, não pode ser, caneco...", e ao lado do rato está uma playboy desfolhada; noutro écran ainda mais distante alguém pensa "putos, não têm mais mais nada para fazer...", e ao lado do rato está a chave do carro... :)
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