Agarro firme o taco com a mão esquerda. Sinto na luva o punho gasto por tantos que ali aprenderam. Estico os braços. Olho a bola, rodo a cabeça e vejo o buraco e, por fim, volto a olhar a bola. Os braços estão agora esticados. O corpo ligeiramente flectido apoia-se nos pés afastados na exacta medida dos ombros.
O Sol de hoje bate forte na Quinta do Peru. Sempre gostei de Azeitão, e saber a Serra da Arrábida por perto trazia-me a tranquilidade que a concentração exigia.
Num swing quase perfeito faço rodar só o tronco. O taco embate na bola mas não pára e segue o swing no arco desenhado pelo braço esquerdo. Vejo a bola a percorrer os 150 metros até ao buraco. Perfeito, com sorte faria mais algumas tacadas assim.
Ouvi atrás de mim alguém dizer “Muito bom! Você tem jeito”. A frase fora repetida para todos os que comigo partilhavam aquela experiência. Não estava ali pelas pequenas mentiras do instrutor, mas soube bem ouvir.
Não, não foi assim tão mau!
Ok! Ok! Prefiro o mergulho, mas o contacto com o campo é soberbo.
Sem comentários:
Enviar um comentário