Quando uma Mulher se exaspera o melhor que podemos fazer é ouvi-la! Quando o discurso é fluente e carregado de razão, mesmo que não sejamos o alvo, devemos corar por cortesia. A exaltação prende-se com as consequências da política desbragada de Bush. No entanto, gostava de acrescentar algo à reflexão que deixei nos comentários desse post.
Disse: “Bush e estica" tem sido a prática de um texano saloio que analisa a humanidade como quem conta cabeças de gado! Contudo, nem tudo é logro, nem tudo é claro! Que alguém teria de parar com a prepotência de um ditador que chacinava os seus, penso que estamos todos de acordo. A forma, essa sim, foi a pior. Contudo, o direito à diferença não justifica que os direitos humanos tenham mandamentos diferentes em função da crença. Não acredito que o “chador” faça mais feliz a mulher árabe, não acredito que a lei de Talião seja a mais justa, não acredito que um Estado se deva confundir com a religião! A nossa indiferença aos Sadams abre oportunidades aos Bushs de agora e aos de amanhã!
Acrescento: A dicotomia entre o bem e o mal esteve sempre presente no espírito da guerra-fria. Caído o muro, vivemos hoje a polarização de uma verdade. Agora, tudo se centra em estarmos com eles (americanos) ou contra eles. Esta visão, redutora a meu ver, leva-nos a esquecer outras ameaças. Que há uma guerra ao Ocidente ninguém tem dúvidas. Que ela resulta da estratégia de Bush, meus amigos, faz-me ficar perplexo. Uma pinha incendeia mas não dá lume! O “chador”, a lei de Talião e tantas outras violências foram conquistas de um modo de vida que não é compatível com a democracia. Tem milénios e urge alterar; não pela religião, não pelos costumes, mas pela dignidade das crianças que nascem iguais às do Ocidente; pensam, sentem, amam e sofrem!
A areia do deserto presta-se a estas coisas ...
Nota: Nada tenho contra o "chador"; utilizei esta imagem só para caricaturar a dignidade oferecida à mulher árabe.
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