sexta-feira, julho 21, 2006

Credos (1)

Há muito que somos bombardeados, a propósito de tudo e de nada, com a crise no médio oriente. Muito haveria a dizer deste conflito sob o ponto de vista político, económico e social. Mas, para mim, estas análises pecam por não tocarem o cerne da questão. A questiúncula é milenar e tem razões religiosas. Como o tema é vasto, vou iniciar uma série de posts onde abordarei esta questão. Conto com a vossa análise e discussão. Eu, embora acredite em Deus, não tenho credo e tentarei ser imparcial.
Antes de abordar a questão sob a perspectiva filosófica, que é o que verdadeiramente me move, é importante fazer uma breve história dos três cultos. Matéria que não se ensina na catequese a bem do reino de Deus; o português é claro.



Tudo começou na Mesopotâmia, berço da civilização. Para os mais distraídos... estou a falar do território iraquiano que fica entre os rios Tigre e Eufrates, e que desaguam no golfo pérsico, hoje mais conhecido pelo petróleo. Aí nasceu Abraão em 1.900 a.c., primeiro modelo das três religiões, embora cada uma faça dele uma interpretação diferente. É referenciado nos livros sagrados, i.e. na Tora judaica, no Alcorão islâmico e na Bíblia cristã. Dizem que viveu 175 anos, razão bastante para justificar a descendência que lhe sucedeu. Dos seus filhos e netos, três ficaram para a história; Ismael, Isaac e Jacob; deles nasceriam os cultos em análise.


JUDAÍSMO

Jacob, mais tarde baptizado Israel por Deus, teve 12 filhos que se instalaram no Egipto e que deram origem a 12 tribos. Judá, o quarto filho, viria a chefiá-las. As tribos seriam escravizadas pelos egípcios, em particular pelo faraó Ramsés II. Moisés, após ter recebido de Deus os 10 mandamentos que dariam origem às 600 leis da Tora, conduziu o povo de Israel para o êxodo indo sediar-se na região do actual estado israelita. Foi aqui que verdadeiramente se iniciou o reino israelita. Seguiram-se as monarquias de Saul, David e Salomão. Sucederam-se mais reis e cisões do território, tendo tudo acabado com a invasão dos assírios, povo do nordeste iraquiano. Terminava o reino de Israel.
O azar estava longe de acabar; os judeus seriam enviados para a Babilónia após esta ter derrotado a Assíria. Acabaram por ser deslocados para a pátria de Abraão por ironia do destino 1.300 anos depois e, para além do exílio, viram o Templo de Salomão ser destruído. Ruíra o primeiro templo judaico.
A tribo de Judá, que deu origem ao termo judeu, viria a ser libertada por Ciro, rei da Pérsia, actual Irão. Este devolveu os judeus ao antigo reino de Judá, local que hoje conhecemos como Palestina, dando-lhes bastante autonomia. Foi construído o segundo templo no local onde existira o templo de Salomão.
Alexandre o Grande, o maior conquistador de todos os tempos, derrotou os persas. Chegou ao trono aos 20 anos e conquistou, a partir da Macedónia, os actuais territórios da Bulgária, Turquia, Iraque, Irão, Líbano, Israel, Egipto, Síria, Afeganistão, Paquistão e uma pequena parcela do norte da Índia. Com a morte por malária aos 33 anos, o império foi dividido entre os seus generais.
Israel viria a ser dominada pelos selêucidas, povo macedónico. A abolição de rituais e tradições judaicas provocou a revolta dos judeus e levou-os à independência sob a liderança de Judas Macabeu. Nesta dinastia de reis e sacerdotes surgiram ramificações do judaísmo; os fariseus que seguiam a lei oral, mais tarde sistematizada no Talmude, os saduceus que só aceitavam a lei escrita, a Tora, e os essénios, minoria ortodoxa. Como a divisão não faz a força e havendo quem quisesse que o reino fosse governado pelos sacerdotes, o país acaba por cair numa guerra civil.
Os ortodoxos pediram auxílio aos romanos e Pompeu, general romano, não se fez rogado e conquistou Israel. O país foi perdendo autonomia até se tornar numa província romana. Ruía o segundo templo. Os judeus acabariam por se tornar escravos ou cidadãos romanos e, entre estes últimos, muitos iriam dispersar-se no império romano. Iniciava-se aqui a diáspora. Tinham-se passados 2.000 anos desde o nascimento de Abraão. Estava-se em 135 d.c. Só voltariam a ter um estado em 1948.

Os judeus acabariam por espalhar-se essencialmente pela Europa, Norte de África e Médio Oriente. Como os católicos não podiam emprestar dinheiro cobrando juros, os judeus tornaram-se rapidamente os banqueiros da Europa sem correrem o risco de serem excomungados. Os lucros obtidos permitiram-lhes angariar muito património, o que levou a que as suas propriedades fossem usualmente confiscadas pelos reis; dizia-se que os judeus eram propriedade dos reis, servi cameræ.
O poder dos judeus fez com que fossem odiados e frequentemente massacrados, tendo esta tragédia atingido o seu auge durante as cruzadas, séculos XI a XIII. Seguiu-se a expulsão dos Judeus de Inglaterra, França e Áustria. No século XV a inquisição espanhola continuaria a perseguição, repetindo-se o episódio em Portugal e na Sicília. No século XVII os judeus estavam praticamente banidos da Europa.
A invasão da Polónia pelos cossacos, actuais ucranianos, dizimou centenas de milhares de judeus. Por outro lado, a grande guerra do Norte acabou com o império sueco. Estes dois acontecimentos fizeram regressar muitos judeus à Europa ocidental. Surgiu o movimento Haskalá que fez crescer o estudo da história judaica e do hebreu, e a vontade de emancipação. Espalhou as sementes do Sionismo que reivindica o direito ao território palestiniano e a assimilação cultural dos países em que os judeus residam. Por oposição, apareceu um movimento contrário, o hassídico, com uma aproximação mística da religião. Estes dois movimentos e a visão ortodoxa original do judaísmo são a base das correntes judaicas actuais.
Napoleão foi o primeiro a acabar com os guetos judaicos, sendo copiado pelos restantes países europeus à excepção da Rússia. No século XVIII os judeus estavam emancipados na Europa. Com a integração dos judeus surgiu o anti-semitismo na convicção da superioridade da raça ariana. França, Alemanha e o império Austro-Húngaro estiveram na génese destes movimentos.
Theodor Herzl, escritor e jornalista, funda o movimento Sionista no final do século XIX. Iniciavam-se, assim, as actividades políticas e diplomáticas para a formação do estado de Israel. Herzl acreditava num estado em que coabitassem judeus, árabes e cristãos, e que o poder financeiro e experiência dos judeus transformaria esta zona do terceiro mundo num país evoluído.

A continuada integração dos judeus na Europa culminou no envolvimento destes na 1ª guerra mundial onde combateram pelos países que os acolheram. Nesta altura a Palestina tinha, segundo o census de 1922, 589.200 muçulmanos, 83.800 judeus, 71.500 cristãos e 7,600 pessoas de outros cultos. O movimento sionista incentivou a emigração dos judeus para a Palestina com a forte oposição dos árabes que receavam a criação de um estado judaico. Sob o comando de Amin al-Husayni, os árabes palestinianos começaram a atacar as forças britânicas e a comunidade judaica. Em 1936 iniciou-se a grande revolta árabe que durou 3 anos. Husseini liderou o partido nacionalista radical Hizb al-Istiqlal e, mais tarde, aderiu ao nacional-socialismo, vindo a colaborar na Alemanha com as SS. Regressarei a este personagem quando abordar o islamismo. Os ataques dos árabes aos judeus provocaram a criação de milícias judaicas, confirmaram ainda que a coabitação seria impossível havendo a necessidade da divisão territorial, e obrigaram os ingleses a restringir a emigração judaica. No entanto, com a revolta árabe os judeus passaram a colaborar com forças especiais inglesas.

O anti-semitismo europeu continuava e atingiu o seu apogeu na 2ª guerra mundial com o holocausto. Milhões de judeus foram dizimados.
A dívida da humanidade para com os judeus era evidente. No novo mapa-mundo e por decisão da ONU, os ingleses foram mandatados para administrar a Palestina. No entanto, em 1947, decidiram retirar-se quando acabasse o mandato por serem incapazes de controlar a violência crescente entre judeus e árabes e, igualmente, contra interesses britânicos. Assim, a assembleia geral da ONU aprovou a divisão do país, 55% para os judeus e o restante para os árabes. Jerusalém seria uma zona controlada pela ONU para evitar conflitos. David Ben-Gurion, socialista, líder do movimento do Sionismo Trabalhista, aceitou a divisão mas a Liga Árabe rejeitou-a. A violência contra os judeus recrudesceu a partir desse dia, tendo culminado com ataques a cidades judaicas e com o corte da estrada de Telavive a Jerusalém. Três meses depois as forças israelitas provaram ser militarmente mais fortes e contra-atacaram cidades e povoações árabes, em particular as que controlavam estradas para povoações judaicas isoladas. Em 12 de Maio de 1948 os americanos pressionaram os judeus a declarar tréguas ou a proclamar o estado judaico. Dois dias depois, na véspera do termo do mandato inglês, foi difundida a partir de Telavive a declaração de independência israelita.

No dia seguinte Israel seria invadida pelos países vizinhos, apoiados por voluntários da Líbia, Iémen e Arábia Saudita. Começava a guerra da independência. O presidente da Liga Árabe enviou ao presidente da ONU uma declaração em que os estados árabes proclamavam a sua intenção de criar um estado unificado palestiniano, renegando a possibilidade da existência de dois estados como fora idealizado pela ONU. Disse ainda, “esta será uma guerra de exterminação e um massacre monumental que será tão falado como o são os massacres dos mongóis e as cruzadas”. Os EUA, União Soviética e Israel acusaram os árabes de uma invasão ilegal, enquanto a China apoiou os interesses da Liga Árabe. Trygve Lie, norueguês e presidente da ONU, afirmou: “trata-se da primeira agressão armada a que o mundo assiste desde a 2ª guerra mundial”. Montgomery, comandante das forças aliadas no Norte de África, estimou que as forças israelitas não resistiriam 2 semanas à superioridade bélica dos árabes. Contudo, os israelitas ganharam vantagem com a emigração massiva que se iniciou com o conflito, mais de 10.000 pessoas por mês, e ainda com a consolidação da força aérea. O conflito só terminou com a vitória israelita, que conquistou 50% de território a mais do que o inicialmente previsto pela ONU, levando à assinatura do armistício em 1949.


<<< CONTINUA - no próximo post deste tema terminarei o Judaísmo e iniciarei o Islamismo. >>>



Moisés, pintura de Rembrandt


KARAOKE
The Clock,Thom Yorke

Time is running out for us
But you just move the hands upon the clock
You throw coins in the wishing well
For us
You just move your hands upon the wall

It comes to you begging you to stop
Wake up
But you just move your hands upon the clock
Throw coins in the wishing well
For us
You make believe that you are still in charge

13 comentários:

Alexandre Paulo disse...

E sobre a questão Isrealo-Palestiniana, um dos maiores Homens de sempre escreveu:

Recebi muitas cartas solicitando a minha opinião sobre a questão judaico-palestina e sobre a perseguição aos judeus na Alemanha. Não é sem hesitação que ouso expor o meu ponto-de-vista.

Na Alemanha as minhas simpatias estão todas com os judeus. Eu conheci-os intimamente na África do Sul. Alguns deles tornaram-se grandes amigos. Através destes amigos aprendi muito sobre as perseguições que sofreram. Eles têm sido os 'intocáveis' do cristianismo; há um paralelo entre eles e os 'intocáveis' dos hindus. Sanções religiosas foram invocadas nos dois casos para justificar o tratamento dispensado a eles. Afora as amizades, há a mais universal razão para a minha simpatia pelos judeus. No entanto, a minha simpatia não me cega para a necessidade de Justiça.

O pedido por um lar nacional para os judeus não me convence.

Por quê eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar?

A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.

É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está a acontecer na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a Humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico.

O caminho mais nobre seria insistir num tratamento justo para os judeus em qualquer parte do mundo em que eles nascessem ou vivessem. Os judeus nascidos na França são franceses, da mesma forma que os cristãos nascidos na França são franceses.

Se os judeus não têm um lar senão a Palestina, eles apreciariam a ideia de serem forçados a deixar as outras partes do mundo onde estão assentados? Ou eles querem um lar duplo onde possam ficar à vontade?

Este pedido por um lar nacional oferece várias justificativas para a expulsão dos judeus da Alemanha. Mas a perseguição dos alemães aos judeus parece não ter paralelo na História. Os antigos tiranos nunca foram tão loucos quanto Hitler parece ser.

E ele faz isso com zelo religioso. Ele propõe uma nova religião de exclusivo e militante nacionalismo em nome do qual, qualquer atrocidade se transforma num acto de humanidade a ser recompensado aqui e no futuro. Os crimes de um homem desorientado e intrépido, são observados sob o olhar da sua raça, com uma ferocidade inacreditável.

[Sylvester: por ser assunto distinto, retirei aqui uma porção de texto que fala sobre a realidade na Alemanha Nazi do seu tempo]

Não tenho dúvidas de que os judeus estão a percorrer o caminho errado. A Palestina, na concepção bíblica, não é um tratado geográfico. Ela está nos seus corações. Mas se devem olhar a Palestina pela geografia como sua pátria mãe, está errado aceitá-la sob a sombra do belicismo britânico. Um acto religioso não pode acontecer com a ajuda da baioneta ou da bomba. Eles poderiam estabelecer-se na Palestina somente pela boa vontade dos palestinianos. Eles deveriam procurar convencer o coração palestiniano. O mesmo Deus que rege o coração árabe, rege o coração judeu. Só assim eles teriam a opinião mundial favorável às suas aspirações religiosas. Há centenas de caminhos para uma solução com os árabes, se descartarem a ajuda da baioneta britânica.

Como está a ser feito, os judeus são responsáveis e cúmplices com outros países, em arruinar um povo que não fez nada de errado para com eles.

Eu não defendo as reações dos palestinianos. Eu desejaria que tivessem escolhido o caminho da não-violência a resistir ao que eles, corretamente, consideraram como invasão de seu país por estrangeiros. Porém, de acordo com os cânones aceites de certo e errado, nada pode ser dito contra a resistência árabe face aos esmagadores acontecimentos.

Deixemos os judeus, que clamam serem os Escolhidos por Deus, provar o seu título escolhendo o caminho da não-violência para reclamar a sua posição na Terra. Todos os países são o lar deles, incluindo a Palestina, não por agressão mas por culto ao amor.

Um amigo judeu mandou-me um livro chamado 'A contribuição judaica para a civilização', de Cecil Roth. O livro nos dá uma ideia do que os judeus fizeram para enriquecer a literatura, a arte, a música, o drama, a ciência, a medicina, a agricultura etc., no mundo. Determinada a vontade, os judeus podem recusar-se a serem tratados como os párias do Ocidente, de serem desprezados ou tratados com condescendência.

Eles podiam chamar a atenção e o respeito do mundo por serem a criação escolhida de Deus, em vez de se afundarem naquela brutalidade sem limites. Eles podiam somar às suas várias contribuições, a contribuição da ação da não-violência.

M. K. Gandhi
Harijan, 26 de novembro de 1938

João Mãos de Tesoura disse...

Caro Sylvester

A minha análise à questão palestiniana ainda não começou. De facto, limitei-me a fazer um pouco de história sobre os judeus, ao que se seguirá a dos muçulmanos e cristãos. Só depois virá a análise que tentarei fazer de forma imparcial, pois embora credite em Deus, não tenho credo.

Esta carta merece-me alguns reparos.

No capítulo da violência concordo totalmente com Gandi. Mas ele não foi uma virgem pudica, embora fosse um homem bom. De facto, o texto tem 2 incorrecções que, bem vistas as coisas, alteram sobremaneira o propósito da carta.

Como sabes, Gandi lutava internamente não só com os britânicos, mas também com os muçulmanos. A divisão dos muçulmanos com os hindus resultou na cisão da Índia e na criação contranatura do Paquistão.
Gandi fazia tudo manter a união e, diplomaticamente, teria de apoiar as decisões do mundo árabe.
O líder palestiniano Amin al-Husayni, de que falo no meu texto, participou na altura da revolta árabe num congresso na Índia e também não foi por acaso....

Gandi, de forma quase subliminar, deixa escapar que "os Judeus clamam serem os escolhidos de Deus".
Vais perdoar-me, mas esta afirmação é hipócrita. De facto, todas as religiões, todas, têm o complexo de superioridade sobre as outras. Estão absolutamente convencidas que são as detentoras da verdade, de outra forma não faria sentido a sua existência. Contudo, ao longo de dois milénios os cristãos convenceram o mundo da teoria da cabala judaica(vê a Nota 1), uma falsidade que só se justificava no extermínio de um culto. De facto, os Judeus acreditam ter sido escolhidos para divulgar a palavra de Deus e não, como sugere o Gandi, como um povo superior aos outros. Aliás, se virmos bem, o sistema de castas hindus de Gandi, onde estão os intocáveis (vê a Nota 2), é o sistema mais classicista do mundo. O que dizer mais?

Obrigado pela carta, espero que este assunto acenda um debate frutífero.

Abraço



Nota 1: a "Cabala" é uma doutrina esotérica que diz respeito a Deus e ao Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e preservada apenas por alguns privilegiados. in wikpidédia

Nota 2: os "intocáveis" da cultura Hindu são aqueles que trabalham com trabalhos indignos e que assim não podem praticar contacto físico com os "não-sujos", as partes mais puras da sociedade. Vivem separados do resto das pessoas. Ninguém pode interferir na sua vida social, pois os intocáveis são os últimos no ranking social - são considerados tão inúteis diante da importância humana que não são considerados parte do sistema de castas. in wikpidédia

alice disse...

boa noite, joão

fantástico este post

imagino o trabalho que tiveste

és professor ou historiador?

beijinho grande

alice

João Mãos de Tesoura disse...

alice:Sim, deu-me muito trabalho... por não ser professor nem historiador! Sou consultor!
Resolvi fazer isto por não ter encontrado nenhum texto curto sobre as religiões, nem nenhum que sistematizasse de forma simples a relação entre elas. Estou certo que o haverá só que eu não o encontrei!
Estou certo que a esmagadora maioria das pessoas que aqui passa não conhece bem estas confissões; só por isso já valeu a pena.
Volta sempre,
Beijinho

Anónimo disse...

Olá, João!
Antes de mais, um grande abraço!
Excelente com post, com uma sintese histórica sobre uma questão bem actual, infelizmente.
Sobre esta questão, direi que Israel agiu de uma forma precipitada, tendo como base de sustentação para os ataques que iniciou o facto de terem sido raptados dois soldados israelitas.
Estou plenamente convicto de que acção diplomática concertada traria melhores resultados e com menos consquencias em termos de vidas humanas.
O esforço que foi desenvolvido até aqui por Ariel Sharon, foi totalmente inglório depois de semelhante reação.
Enfim, aguardemos.
Um grande abraço

João Mãos de Tesoura disse...

a.j. faria: meu caro, eu diria que os israelitas não agiram de forma precipitada, mas sim de forma desproporcionada. De facto, quem agiu foi o Hammas e o Hezbollah. Sabes, não tendo eu nenhuma confissão, consigo ver na nossa imprensa uma tendência para o enviesamento dos acontecimentos. Não estou a justificar os judeus, não, estou somente a dizer que os católicos têm interesses que escapam ao comum dos mortais. Falo, naturalmente, da nomenclatura. Mas desenvolverei este tema aquando da análise que farei.
É difícil falar de causas sem paixão, só mesmo quem não tiver causas poderá estar mais próximo da verdade. E não, não é sobranceria, é reconhecer que um adepto de um clube dificilmente aceitará a vitória de outro.
Grande abraço

Anónimo disse...

Credo!

Vou recolher-me no meu consultório que esta questão ainda é mais pertinente que a do salto alto!

Anónimo disse...

Uma Achega-Enviado a vários BLOGS
FENICIOS, NOSSOS AVOENGOS ?
A nossa História diz que sim
Celtas, Iberos, Visigodos …
e FENICIOS Chegaram por Mar
Algarve, Costa Alentejana
Setúbal, Olisipo (Lisboa)
Ericeira e Peniche
Baia da Pederneira – Nazaré - chegando a Cós
Buarcos e Delta de Aveiro
Alguns, nossos Avós
Líbano, Berço da Cultura Fenícia
Biblos, Tiro, Sidon
Do Mediterrâneo
Fizeram a ponte do Oriente com Ocidente
Guerra ? Não podem ser os seus descendentes.
Jihad ? Hezbollah ?
E Israel ?
Não há Guerras Justas
Mas têm uma única razão
Esta é mais Ética (Peço Perdão)
Do que um Fundamentalista
Raça, Etnia, Credo ou EU
Despoletar um Cinto Letal
Israel a partir deste ponto
Deixa de ter Razão
Ou razão Irracional
Sofrido, País dos Cedros
Foram os Persas, Egípcios, Alexandre o Grande
Império Bizantino, Romanos e Turcos-Otomanos
O que atrai o LIBANO ?
E se são nossos avós ?
E sendo um Povo Bíblico
È comum á Cultura Judia-Cristã
E QUE RAIO DE HISTORIETAS
IMPLANTARAM NOS NOSSOS CÉREBROS
E Albert Einstein ?
Onde ele poria a Guerra neste seu Pensamento ? …
“ Há duas verdades Cientificas
A Estupidez Humana e o Infinito,
Embora quanto ao Infinito, tenha as minhas duvidas”
POIS !!!
poetaeusou

Anónimo disse...

VOLTASTE!!!!Só agora dei por isso...sempre desencontrados. Excelente trabalho de pesquisa!
Beijinhos.

Cristina disse...

Bom fim de semana
:)
beijinhu

Anónimo disse...

João, GRANDE POST.
Não só pelo, mais que evidente, imenso tempo dispendido nas pesquisas, mas também porque conseguiste manter uma posição de relator isento, tanto quanto me pareceu.
Apresentaste factos históricos sem análise, e isso é muito difícil de fazer nos tempos que correm.
Pelo contrário, nos comentários-resposta, já se desenha o perfil da tua posição sobre o conflito... ou talvez não.
Parabéns.
Este post não se perde, vou já copiá-lo na íntegra para um documento do word para futura consulta.
Um abraço

Al Cardoso disse...

Desculpe-me caro amigo, mas esta a induzir em erro muita gente.
Jacob foi filho de Isacc e nao de Abraam.

E a religiao crista nao comecou dele (Jacob) mas sim de Yashua ou Jesus ou Cristo, que se diz descender de David e era tanto judeu como os que naquele tempo viviam na Palestina romana.

João Mãos de Tesoura disse...

saltos altos: e dás consultas de quê? ;)
Beijos

poetaeusou19: tens a certeza que és poeta? Bem vistas as coisas... és! :D
Abraço

sem rumo: e tu continuas desaparecida! :D
Beijinhos

Paola: venha sempre, do Brasil ou de outra paragem!
Beijinhos

Cristina: e as férias, não contam? :)
Beijinhos

O vizinho: deu de facto, mas precisa de esclarecer algumas coisas na minha cabeça antes de avançar para a análise!
Abraço

al cardoso: tem toda a razão; por lapso não falei em filhos e netos, o que devia ter feito e já corrigi.
Quanto à religião Cristã eu nunca disse que começou em Jacob! O que disse é que foi deste a linha directa do Judaísmo, só!
A religião Cristã não começou em Cristo, houve profetas anteriores a Cristo que o anunciam no velho testamento. Na verdade, foi Abraão ao tentar sacrificar o filho Isaac (para os muçulmanos será com Ismael...) que criou o cisma que muitos pensam ser uma antevisão da morte e ressureição de Jesus. Quanto a Jesus, ele foi de facto judeu. Aliás, nasceu e morreu judeu. A igrega só surgiu mais tarde, mas disso falarei noutro post.
Abraço