Vivemos tempos de partilha, de experimentação e fuga, sem compromissos, porque se Valentim era santo os seus seguidores são bem mais pagãos, não fosse assim e o ritual não se repetiria trocando os actores de papéis, haja conveniência, haja oportunidade.
E se há flor apropriada essa será a rosa comprada a meio da refeição entre o sorriso de um indiano e a hesitação de ambos, embrulhada em celofane para esconder o que a natureza já esbateu, e, como ela, também eles comemoram a beleza de um momento passado pois não há paixão que não esmoreça! E no agrado do momento ela dá-lhe a mão como se o toque das duas pudesse reavivar o calor de outros tempos; contudo, sorriem, olham-se olhos nos olhos; da mesa onde estou não vejo bem, será miragem ou inebriamento do vinho, não sei ... agora sim, sorriem e beijam-se! Reparam em mim, estou parado a mirá-los sem malícia e eles sorriem novamente a partilhar a alegria que lhes vai na alma! Olhei melhor; a manga da camisa dele estava ligeiramente salpicada com tinta da porta, mal se notava, nem ele dera por isso!
Faz um desejo ...
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Este post foi feito de "rajada" em escrita ao desafio. O outro está bem melhor!
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