Não é todos os dias que vemos a excelência despontar na televisão. Tive ontem esse privilégio, e hoje, não fora o comentador do Expresso da Meia-noite que não o Nicolau, a noite teria tido a mesma elevação. Veiga Simão, de cima da sua cátedra, teve a lucidez dos senadores já distantes do sacrilégio exercício do poder. O ministro, Justino de nome, teve por ele a reverência própria de quem nasce na Educação. Não foi pois um embate mas sim um bailado: plié, petit jeté et pointe tendu.
Os problemas estão bem diagnosticados; escolas a mais, qualidade a menos; cursos a mais, avaliações a menos; professores a mais, alunos a menos. Acreditemos no Justino, estamos no bom caminho; até já temos rankings das escolas. Pasme-se o intelectual, as privadas ganharam a corrida! E porquê?
Imaginem uma escola onde os alunos entram com 3 anos e quando saem vão para a universidade (estabilidade), com um horário fixo das 8 da manhã às 6 da tarde preenchido com aulas e actividades, onde na ausência de um professor é sempre encontrado um substituto, sendo necessária a presença de alguém do universo da família para a saída dos alunos(segurança). Nesta escola a forma é mais importante do que o conteúdo (ensinar a pensar segundo a velha máxima chinesa de que mais vale ensinar a pescar do que oferecer um peixe).
Admitam agora o impossível; o trabalho em equipa (organização) e a capacidade de iniciativa (cultura do sucesso) são estimulados e premiados (motivação com o velhinho quadro de honra).
Devo estar a sonhar ... os professores estão motivados e o currículo anual cruza várias competências de forma estruturada (planeamento); será possível estudar matemática e perceber a sua relação com a história, geografia e língua?
E a figura do tutor que acompanha um grupo restrito de alunos com diferentes idades, trazendo o espírito da família para dentro da escola (humanização).
Esta escola existe ... e chama-se St Dominic’s e não entra nos rankings para felicidade dos vencedores. Há mais mas não são de capital português. Estou certo que o David conhece o paradigma.
E os mais velhos; sim a formação, a profissional; alguém sabe do que se trata ou só saberá a leva de transviados do mercado de emprego.
Como dizia hoje o Oliveira Martins, que não o historiador, o actual ministro tem consolidado um conjunto de políticas que foram iniciadas há já alguns anos (recordam-se da paixão?). Deve ser piada; felizmente temos Ministro! Faça-se Justino!
Salvem os nossos adultos (os futuros)!
Por favor! Dá-me uma informação? Qual é o melhor caminho ... para a Índia?
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